Joseph Blatter havia feito uma promessa de doação de US$ 100 milhões para o desenvolvimento do futebol brasileiro
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PARIS, FRANÇA (UOL/FOLHAPRESS) - Cinco anos depois da Copa do Mundo de 2014, o Brasil começa a receber o dinheiro prometido pela Fifa como parte de um plano de legado pela organização do evento. Desde o início do ano, a CBF já recebeu R$ 137 milhões da entidade em Zurique, dinheiro usado para programas de treinamento e projetos específicos aprovados pela Fifa.
Em 2014, o então-presidente da entidade, Joseph Blatter, havia feito uma promessa de doação de US$ 100 milhões para o desenvolvimento do futebol brasileiro. O "Fundo do Legado", porém, representava apenas 2% da receita obtida pela Fifa na Copa.
Projetos começaram a se desenhados. Mas, em 2015, a eclosão dos escândalos de corrupção e o envolvimento direto dos dirigentes brasileiros levou a Fifa a congelar todos os repasses ao Brasil. O temor dos advogados era de que a Fifa fosse vista pela Justiça americana como tendo relações financeiras com um dos indiciados, no caso Marco Polo Del Nero.
Foi necessário que o cartola fosse afastado do futebol para que, finalmente, a Fifa voltasse a negociar a liberação dos recursos com a CBF. No final de 2018, um acordo foi fechado e, a partir do início do ano, o dinheiro começou a ser autorizado.
No total, fontes da CBF estimam que projetos no valor de US$ 35 milhões já foram aprovados. Pelo acordo, os gastos precisam ser justificados e o departamentos de compliance da Fifa e da CBF dão uma chancela para o uso do dinheiro.
Em 2014, a CBF havia declaro que usaria o dinheiro para investir no futebol de regiões que tinham ficado fora da Copa do Mundo. Tocantins, por exemplo, chegou a comprar um terreno para a construção de um centro. Durante a Copa, José Maria Marin e Jerome Valcke, então secretário-geral da Fifa, foram inaugurar outro centro em Belém.
Ambos estão banidos do futebol.
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