Foto: CLÉBER JÚNIOR |
No topo da lista de áreas com maior incidência deste tipo de crime estão duas delegacias da Baixada Fluminense: 64ª DP (São João de Meriti) e 59ª DP (Duque de Caxias), com 673 e 600 ocorrências registradas, respectivamente (veja o mapa completo no alto da página).
Uma das vítimas a registrar o roubo, a publicitária Gisele Coelho, de 31 anos, já teve três celulares levados nos últimos dois anos. Na última vez, em fevereiro, a jovem seguia para casa, em Duque de Caxias, quando um homem armado entrou no ônibus onde estava e anunciou o assalto, levando os aparelhos dos passageiros, inclusive o dela. Desde então, Gisele adota uma técnica para evitar que mais um celular seja roubado:
— Hoje eu levo dois telefones: um mais velhinho na bolsa, que nem funciona direito, e outro mais moderno, que é o meu mesmo, grudado ao meu corpo. Estou sempre alerta, sempre atenta a tudo que acontece ao meu redor.
Encabeçando o ranking, a delegacia de São João registrou mais um roubo anteontem. Enquanto ia para o trabalho, o motorista de caminhão Douglas Thiago, de 25 anos, foi abordado por criminosos em Vilar dos Teles:
— Eu transporto carga e já fui assaltado quatro vezes durante meu horário de trabalho. Convivo com a insegurança quase todos os dias. Hoje (sexta-feira), o assalto foi por volta das 5h. Três homens armados me abordaram e levaram todos os meus pertences.
Dessa vez, nem o seguro contra roubo do celular foi capaz de salvar a vítima:
— Contratei o serviço por um ano, mas o prazo venceu há algumas semanas. Preciso juntar dinheiro e comprar outro aparelho — lamenta.
Na sequência, aparecem a 34ª DP (Bangu), com 531 registros; a 33ª DP (Realengo), com 494; e a 29ª DP (Madureira), com 460 ocorrências. Quando o critério é o aumento do número de registros, cinco delegacias do interior do estado aparecem nas primeiras posições da lista, incluindo a Região dos Lagos e o Sul Fluminense.
Cuidado ao usar aparelho na rua
O delegado Vinícius Domingos, titular da 64ª DP (São João de Meriti), explica que é possível o consumidor tomar algumas medidas no dia a dia para prevenir o crime. Mas, caso o roubo aconteça, ele ressalta que fazer o registro na polícia é fundamental:
— Uma das principais orientações é evitar o uso do telefone em vias com grande movimento de pessoas ou em locais muito desertos. É preciso também evitar deixar o aparelho à mostra, mantê-lo em local seguro quando estiver na rua.
Domingos destaca que o policiamento ostensivo depende da mancha criminal.
— A cidade tem uma população flutuante muito alta, principalmente por causa da movimentação nas estações de trem e de metrô da Pavuna, parte englobada pela 64ª DP. Criamos um núcleo de repressão que aumentou em 400% o número de prisões por roubo no segundo trimestre — frisou.
Na avaliação do delegado, que está à frente da 64ª DP desde janeiro, os criminosos não escolhem as vítimas e atacam conforme a oportunidade:
— Normalmente, aparelhos roubados são vendidos a camelôs. Agimos com informações das operadoras, que dizem quem está usando os celulares para acharmos quem comprou e, em alguns casos, os ladrões. Antes o tráfico proibia, mas hoje bandidos saem das favelas para roubar trabalhadores que moram na mesma comunidade e estão nos pontos de ônibus.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) orienta que o dono do celular roubado ligue para a operadora e bloqueie o telefone. Não é mais necessário fornecer o IMEI (sequência numérica que identifica o celular, o equivalente ao chassi dos carros). Basta o número da linha.
VIA...EXTRA/GLOBO
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