Além das turistas, outras duas pessoas ficaram feridas
© Corpo de Bombeiros/Divulgação |
Duas turistas morreram e ao menos outras duas ficaram feridas após o naufrágio de um catamarã na manhã deste sábado, 27, em Maragogi (AL), a 127 km de distância de Maceió. Naturais do Ceará, as duas vítimas, de 65 e 67 anos, não tiveram o nome revelado. O passeio era feito em área não permitida. O responsável já havia sido autuado pela prefeitura.
As turistas feridas, de identidades não informadas, foram encaminhadas à unidade de saúde do município. Segundo o Corpo de Bombeiros de Alagoas, a embarcação "Tô à Toa" partiu no início da manhã com cerca de 60 pessoas a bordo - 48 turistas adultos, 4 crianças, 2 palestrantes e 6 tripulantes. Ela tinha como destino as piscinas naturais de Maragogi, famosas por suas águas transparentes e tranquilas, mas naufragou após esbarrar em um dos arrecifes da região.
Pescadores que estavam no local no momento do acidente acionaram o Corpo de Bombeiros. Pelo menos 25 homens e duas aeronaves foram deslocadas até o local do naufrágio.
Segundo o tenente-coronel Carlos Burity, comandante do Grupamento de Salvamento Aquático do Corpo de Bombeiros de Alagoas, mergulhadores de resgate chegaram a ser acionados para a possibilidade de buscar por desaparecidos, mas não chegaram a realizar buscas. "Não houve confirmação de desaparecimento", explicou Burity.
Segundo os Bombeiros, o mau tempo pode ter provocado o naufrágio. Na quinta-feira, 25, a Capitania dos Portos de Alagoas emitiu alerta de ressaca, chamando a atenção para ondas de até 3 metros de altura previstas para a manhã deste sábado. A corporação recomendava que as embarcações de pequeno e médio porte evitassem navegar no mar e que as demais embarcações redobrassem a atenção "quanto ao material de salvatagem, estado geral dos motores e casco, bomba de esgoto do porão, equipamentos de rádio e demais itens de segurança".
Em nota, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Maragogi informou que o acidente com a embarcação ocorreu em local cuja visitação não era permitida. Segundo a gestão municipal, o responsável pelo passeio já havia sido multado pela irregularidade e é reincidente.
O advogado da Associação dos Proprietários de Catamarãs de Maragogi, Renato Scalco, também informou que a embarcação naufragada não tinha autorização para o transporte de passageiros com destino às piscinas naturais. "É de grande importância esclarecermos que o transporte aquaviário de passageiros realizado pelos membros da associação seguem rigorosamente todas as regras de segurança e ambientais determinadas pela Capitania dos Portos em Alagoas, ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, ligado ao Ministério do Meio Ambiente) e demais órgãos de controle", ressaltou. Segundo ele, a entidade está em contato direto com as autoridades e presta apoio às vítimas.
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