Cardiologista explica os principais exames que monitoram a saúde do coração
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No Brasil, essa média chega a 350 mil. A prevenção continua sendo primordial, e adotar um estilo de vida saudável pode fazer toda a diferença. “Ter uma dieta com pouco sal e pouca gordura, evitar o consumo do álcool, praticar exercício físico, manter-se longe do cigarro e estar de bem com a balança são dicas preciosas para quem quer estar com a saúde do coração em dia”, afirma o médico cardiologista Ricardo Alonso, coordenador médico da Clínica Felippe Mattoso.
O cardiologista lembra, ainda, que o caminho para um coração saudável passa por uma avaliação médica regular e exames de rotina para observar o comportamento cardíaco, prever possíveis complicações e sinalizar recomendações aos pacientes. “Algumas vezes, a doença cardiovascular pode ser silenciosa ou ser confundida com outras doenças.
A realização dos exames é fundamental para identificar riscos, investigar enfermidades e orientar sobre tratamentos adequados”, explica Alonso. Às vésperas do Dia Mundial do Coração, em 29 de setembro, confira os principais exames que contribuem para o diagnóstico e o acompanhamento da saúde cardíaca:
Eletrocardiograma: contribui para encontrar alterações do ritmo cardíaco, bloqueios e até sinais de infarto do miocárdio. Com o paciente deitado, são posicionados eletrodos (colados na pele com um tipo de adesivo) que mostram o ritmo, a frequência dos batimentos e o trajeto que o impulso elétrico faz dentro do coração.
Holter: monitorização eletrocardiográfica durante 24 horas. O dispositivo portátil, acoplado ao paciente, faz o registro de toda atividade elétrica do coração durante um dia ou mais. O exame é importante para investigação de arritmias cardíacas e desmaios (síncopes).
Angiotomografia coronária: mostra a presença de cálcio nas artérias coronárias. Quando em muita quantidade, o cálcio pode trazer problemas, como obstrução das artérias.
Ecocardiograma com Doppler: o exame é uma ultrassonografia cardíaca e serve para fornecer informações sobre o tamanho e a forma do coração, bem como sobre movimentos musculares e das válvulas cardíacas. Com ele, é possível ver como o coração contrai e relaxa, entre outros comportamentos. Auxilia na avaliação das artérias e veias da região do coração.
Cintilografia do miocárdio: serve para avaliar o fluxo de sangue nas artérias do coração. Para o exame, o paciente recebe material radioativo especialmente tratado para aderir ao músculo cardíaco (o miocárdio). A substância injetada em uma veia periférica sinaliza as áreas com fluxo normal de sangue e mostra onde o fluxo está insuficiente, permitindo ao médico encontrar áreas de diminuição do fluxo sanguíneo, caracterizando suspensão da irrigação sanguínea (isquemias) ou fibrose do miocárdio, ocasionados por obstrução arterial.
Mapa: a Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial serve para observar o comportamento da pressão arterial ao longo das 24 horas, a partir de um aparelho colocado na cintura e conectado por um tubo de plástico fino a uma braçadeira instalada no braço do paciente.
Teste ergométrico: avalia o sistema cardiovascular sob esforço físico e pode ser feito em esteira ou bicicleta. É um método muito útil para diagnosticar isquemia do miocárdio, arritmias e o comportamento da pressão arterial durante o esforço.
Exames de sangue: entre os principais estão o perfil lipídico (determinam as dosagens de colesterol total, HDL, LDL e triglicerídeos), glicemia (mede a quantidade de glicose no sangue), creatinina (avalia a saúde dos rins), ácido úrico e, a depender do caso, enzimas hepáticas.
Painel de Arritmias Hereditárias: os diversos tipos de arritmias hereditárias podem estar relacionados a mutações genéticas congênitas ou hereditárias. Este painel investiga os 35 genes mais ligados às arritmias frequentes para a confirmação genética dos sintomas ou identificação de risco dado o histórico familiar.
Painel de Hipercolesterolemia Familiar: o exame sequencia 10 genes relacionados às causas hereditárias para elevados níveis de colesterol, que podem resultar de mutações no gene do receptor de LDL, entre outros. A identificação precoce da condição no paciente e em seus familiares pode direcionar a um tratamento adequado e auxiliar na prevenção de eventos cardíacos futuros.
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