O seu porta-voz militar, Yahya Sarea, explicou, em discurso gravado retransmitido hoje na televisão, que a ofensiva começou em 25 de agosto
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Os rebeldes xiitas houthis do Iémen disseram hoje que capturaram 2.000 soldados iemenitas e sauditas e mataram e feriram outros 500, durante uma operação em agosto contra uma base militar, na fronteira com a Arábia Saudita.O seu porta-voz militar, Yahya Sarea, explicou, em discurso gravado retransmitido hoje na televisão, que a ofensiva começou em 25 de agosto e durou três dias no distrito iemenita de Kutaf, quando no sábado indicaram que ocorreu no território saudita e durou três meses.
A ação resultou na captura de 2.000 soldados leais ao governo iemenita reconhecido internacionalmente e a alguns cidadãos da Arábia Saudita, que lideram a coligação militar árabe a favor do executivo e contra os rebeldes, disse o porta-voz no comunicado divulgado pela cadeia da televisão Al Masira, controlada pelos houthis.
De acordo com sua versão, mais de meio milhar de soldados iemenitas foram mortos ou feridos, 200 dos quais foram atingidos pelas próprias forças aéreas do Iémen depois de os xiitas terem encerrado as suas instalações militares.
Sarea não especificou se as suas forças sofreram baixas no ataque, que ocorreu após semanas de cerco à base.
A Al Masira também mostrou imagens da operação, na qual dezenas de soldados se renderam aos houthis, enquanto ocorriam emboscadas de veículos blindados ao passarem por cima de artefactos explosivos improvisados.
Em 20 de setembro, os houthis anunciaram um cessar-fogo, mas alertaram que responderiam a qualquer ataque liderado pelos sauditas.
Nos dias a seguir ao fim das hostilidades, a coligação lançou vários ataques contra o Iémen, que deixaram dezenas de civis mortos.
O anúncio dos rebeldes, apoiados pelo Irão, causou um aumento de tensão na região após o ataque com 'drones' e mísseis, nos últimos 14 dias, contra duas fábricas da petrolífera estatal saudita Aramco.
O ministro das Relações Exteriores iraniano declarou hoje que a Arábia Saudita deve perceber que "a segurança não pode ser comprada", adiantando que acredita que "as tensões na região cessarão" com o fim da guerra no Iémen.
A Guerra do Iémen eclodiu no final de 2014, quando os xiitas tomaram Sana e, no ano seguinte, a aliança árabe começou aí a intervir.
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