No primeiro semestre de 2019, os terminais de uso privado responderam pela movimentação de 337 milhões de toneladas
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No primeiro semestre de 2019, os terminais de uso privado responderam pela movimentação de 337 milhões de toneladas, registrando queda de 4,04%. Já os portos públicos movimentaram 176 milhões de toneladas, com decréscimo de 1,83%.
Segundo a Antaq, das nove principais instalações portuárias do país, oito tiveram retração na movimentação de cargas no primeiro semestre, na comparação com o mesmo período de 2018.
Nos terminais de uso privado, a maior queda foi no Porto de Ilha Guaíba (SC), com queda de 37,83%; seguido pelo Porto de Tubarão (ES), com recuo de 25,48%; depois vem o terminal da Ponta da Madeira (MA), com queda de 7,06%; e São Sebastião (SP), que apresentou uma pequena queda de 0,55%.
Já entre os portos públicos, a maior queda na movimentação foi registrada no Porto de Itaguaí (RJ), com 11,05%; seguido do Porto de Paranaguá (PR), com recuo de 5,93%; depois vem o terminal de Rio Grande (RS), com 3,93%; e o de Santos (SP), com queda de 3,36%. Apenas o Terminal Aquaviário de Angra dos Reis (RJ) apresentou variação positiva de 11,40%.
As cargas mais movimentadas no primeiro semestre foram os graneis sólidos, que somaram 314,6 milhões de toneladas, representando queda de 6,80% em comparação com o primeiro semestre de 2018. Depois foram os graneis líquidos com 115,9 milhões de toneladas, o que representou incremento de 2,58% em relação a igual período do ano passado.
Também houve aumento, na comparação com o mesmo período do ano passo, na movimentação de contêineres, de 3,72% e de carga geral, com 2,76%. No primeiro semestre de 2019, as movimentações foram, respectivamente, de 55 milhões e 27,3 milhões de toneladas.
Entre as mercadorias mais movimentadas o destaque ficou com o milho. Nos primeiros seis meses do ano, o setor portuário nacional movimentou 9,2 milhões de toneladas de milho, 116,53% a mais do que no mesmo período de 2018. O petróleo (combustíveis) também merece destaque com 102,8 milhões de toneladas movimentadas, aumento de 4,22% em comparação ao primeiro semestre do ano passado.
As principais quedas foram registradas na movimentação de minério de ferro cujo recuo foi de 8,90%, com 16,5 milhões de toneladas a menos do que no primeiro semestre de 2018, e soja com menos 5,3 milhões de toneladas em comparação ao primeiro semestre do ano passado, uma redução e 8,09%.
De acordo, a agência, o resultado reflete o fraco desempenho da economia brasileira e a retração da economia mundial. “A queda da movimentação no primeiro semestre de 2019 foi motivada de forma direta pelo recuo nos embarques de minério de ferro, que é a mercadoria de maior peso bruto movimentado. O granel sólido de minério de ferro vem enfrentando problemas desde a ponta inicial da cadeia produtiva, devido ao rompimento de barragens e a um período atípico de chuvas intensas na região norte do país”, disse o gerente substituto de Estatística e Avaliação de Desempenho da Antaq, Leopoldo Kirchner.
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