O irmão de Sérgio, o músico e produtor cultural Oswaldo de Camargo Filho, o Wadico Camargo, também criticou a nomeação
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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Militantes do movimento negro fizeram um protesto na Fundação Palmares, nesta sexta-feira (29), em Brasília, em reação à indicação de seu novo presidente, Sérgio Nascimento de Camargo.
Nomeado para estar à frente do órgão responsável por promover a cultura de matriz africana, ele se define como "negro de direita, contrário ao vitimismo e ao politicamente correto" e já disse, em suas redes sociais, que o Brasil tem "racismo Nutella" e que "racismo real existe nos EUA".
Os manifestantes entraram no prédio e subiram até a sede da fundação. Após uma ocupação simbólica na antessala do gabinete da presidência e em outros espaços do órgão, os manifestantes deixaram o local sem serem recebidos pelo presidente. De acordo com funcionários da fundação, ele não estava no local na hora do ato.
O irmão de Sérgio, o músico e produtor cultural Oswaldo de Camargo Filho, o Wadico Camargo, também criticou a nomeação e ainda fez um abaixo-assinado contra a nomeação de Sérgio -até o início da tarde desta sexta, a petição já havia coletado 48 mil assinaturas. "Tenho vergonha de ser irmão desse capitão do mato. Sérgio Nascimento de Camargo, hoje nomeado presidente da Fundação PALMARES", escreveu no Facebook.
Eles são filhos de Oswaldo de Camargo, especialista em literatura negra e militante do movimento, que já foi homenageado com a medalha Zumbi dos Palmares, da câmara de Salvador.
A nomeação, publicada no DOU (Diário Oficial da União) na quarta (27), faz parte de uma mudança na Secretaria de Cultura, comandada por Roberto Alvim, semanas após assumir a subpasta, hoje subordinada ao Ministério do Turismo.
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