Renato Casagrande (PSB) diz ter tido dificuldades de atrair investidores para o Espírito Santo
© Divulgação / PSB |
Segundo ele, o que tem ouvido dos investidores buscados pelo Estado para projetos de infraestrutura é que há um clima de animação, mas de cautela com a retomada da economia.
"Ainda estamos instáveis institucionalmente. O Brasil não conseguiu conquistar o investidor pelo debate ambiental, com essas declarações de desrespeito aos direitos humanos. Investidor quer estabilidade, não olha só economia e financeiro", disse.
Investimento com recursos próprios
O governador do Espírito Santo afirmou que o Estado quer investir R$ 7 bilhões com recursos próprios em quatro anos, incluindo 2019. Isso representaria, segundo ele, uma média de R$ 2 bilhões por ano nos próximos três anos.
Neste ano, o investimento com recursos próprios do Estado - descontadas parcerias e fundo soberano - somará cerca de R$ 1,5 bilhão, quase o dobro dos cerca de R$ 800 milhões de 2018.
Ele destacou ainda que o Estado aportou R$ 20 milhões num fundo de garantia para Parcerias Público-Privadas (PPPs). Segundo ele, à medida que se avançar em parcerias, o Estado tem recursos para capitalizar esse fundo. E destacou a liquidez da garantia: "Não é imóvel, é recurso em espécie depositado no fundo", disse.
Fundo soberano estadual
O governo do Espírito Santo pretende regulamentar o uso dos recursos do fundo soberano do Estado até o fim deste ano. Assim, a partir do ano que vem, o Estado poderá utilizar o dinheiro do fundo para se associar a empresas em projetos estratégicos, segundo explicou Renato Casagrande.
"Publico a regulamentação do fundo agora, até o fim do ano. A partir do ano que vem, qualquer projeto interessante que tenha retorno financeiro e que seja estratégico para o Estado, já pode se associar", afirmou o chefe do Executivo estadual.
O fundo foi criado há menos de duas semanas e prevê aporte de R$ 350 milhões em receitas do Estado e royalties. O objetivo é que a maior parte seja endereçada para projetos na área de logística, inovação e uma parcela menor para "empresas de tecnologia que precisam ganhar escala de mercado".
Uma parcela de 40% do fundo - que cairá para 20% em 2027 - será destinada a uma poupança intergeracional. "Daqui a 40 anos, quem estiver no governo do Estado vai definir o que fazer com que esse dinheiro", disse.
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