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segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Pentágono confirma queda de avião militar no Afeganistão

No entanto ele diz não possuir indicações de que tenha sido atingido por disparos inimigos, quando os talibãs asseguram que foi "taticamente abatido".

© DR
O Pentágono confirmou hoje a queda de um avião militar norte-americano no Afeganistão mas referindo não possuir indicações de que tenha sido atingido por disparos inimigos, quando os talibãs asseguram que foi "taticamente abatido". "Um bombardeiro E-11A americano caiu hoje na província de Ghanzi, no Afeganistão", afirmou em mensagem no Twitter o porta-voz das forças militares norte-americanas no Afeganistão, coronel Sonny Leggett.

O bombardeiro E-11A é um aparelho de apoio aos 'drones' de reconhecimento, equipado com material de comunicações muito dispendioso.
"Está em curso um inquérito sobre as causas do acidente, mas não existe qualquer indicação que tenha sido provocado por tiro inimigo", acrescentou Leggett.
Previamente, os talibãs tinham reivindicado a derrubada do aparelho, e segundo os talibãs e as autoridades afegãs não houve sobreviventes, apesar de não ter sido ainda revelado o número de ocupantes.
O porta-voz talibã Zabihullah Mujahid reivindicou em comunicado a ação e assegurou que pertencia às Forças Armadas norte-americanas, desmentindo as primeiras versões oficiais que apontavam para um voo comercial.
"Um avião pertencente às forças invasoras americanas foi derrubado na província de Ghanzi e vários oficiais norte-americanos de alta patente morreram", assegurou o porta-voz talibã.
Mujahid disse ainda tratar-se de um voo "em missão secreta" e "todos os tripulantes do avião e os responsáveis da CIA a bordo morreram", assegurando que "os restos do aparelho e os cadáveres dos tripulantes estão na zona" do impacto.
Este incidente coincide com as conversações mantidas no Catar entre representantes dos EUA e dos talibãs, que segundo os insurgentes se encontram muito avançadas.
No entanto, o incidente de hoje poderá implicar um novo obstáculo às negociações.
Em setembro, após a morte de um soldado norte-americano num atentado talibã em Cabul, o Presidente dos EUA, Donald Trump, interrompeu de forma abrupta as conversações de paz iniciadas há um ano em Doha, que apenas foram retomadas três meses depois.
O projeto de acordo que as duas partes formalizaram em setembro que contempla a retirada de 5.000 soldados dos EUA (num total de 14.000 no terreno) nos primeiros 135 dias após a sua assinatura, não foi alterado na segunda ronda negocial, apesar de os talibãs terem recusado declarar um cessar-fogo, como exigiam os norte-americanos.
Neste último encontro foi abordada a necessidade de redução da violência, que os rebeldes afegãos terão reconhecido em finais de dezembro.  
O Afeganistão está envolvido numa guerra sem tréguas desde a derrubada, em 2001, do Governo talibã por uma coligação liderada pelos Estados Unidos. Desde então, os rebeldes afegãos combatem sem cessar para retomar o controle do país, e atualmente dominam vastos territórios do país asiático.
VIA...NOTÍCIAS AO MINUTO

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