A polícia "investiga" o assassino de nove cidadãos do Lesoto "envolvidos em atividades ilegais de mineração que foram apedrejados até a morte em Matholeville
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Nove mineiros ilegais do Lesoto foram apedrejados até à morte, na sexta-feira, num subúrbio de Joanesburgo, por um grupo de mineiros rivais, anunciou hoje a polícia denunciando como "um ato bárbaro".
A polícia "investiga" o assassino de nove cidadãos do Lesoto "envolvidos em atividades ilegais de mineração que foram apedrejados até a morte em Matholeville (...) por ´zama zamas` (mineiros ilegais) do Lesoto", uma zona pequena e pobre e sem litoral na África do Sul.
Os corpos das nove vítimas foram encontrados nas ruas de Mathoville, enquanto uma décima pessoa foi encontrada gravemente ferida e transportada para o hospital, precisaram as autoridades polícias em comunicado.
Parece que a violência eclodiu entre "grupos rivais de mineiros ilegais que operam na área", disse hoje a porta-voz da polícia Mavela Masondo, numa entrevista à televisão eNCA.
As forças de segurança sul-africanas lançaram uma "caça ao homem" e a polícia interrogou 87 pessoas, hoje.
A África do Sul é considerado um dos países mais violentos do mundo.
Segundo estatísticas oficiais, mais de 21.000 pessoas foram mortas num ano, entre abril de 2018 e março de 2019, o que dá uma média de 58 mortos por dia.
Entre 8.000 e 30.000 mineiros ilegais -- ou ´zama zamas`, que, numa tradução livre, significa os que tentam a sua oportunidade em zulu -- operam no país, segundo a Comissão sul-africana dos Direitos Humanos.
Os mineiros ilegais, que já assumiam riscos enormes para cavar túneis e poços fora de uso, estarão agora confrontados com o risco de terem de enfrentar gangues.
Em setembro de 2015, pelo menos 20 pessoas foram mortas em violência envolvendo gangues de mineiros ilegais na região de Joanesburgo, antiga capital da produção de ouro no mundo.
"A mineração ilegal e o crime organizado estão indissociavelmente ligados. Os ´zama zamas` costumam estar fortemente armados, têm explosivos e fazem emboscadas" contra "os funcionários, guardas e grupos rivais de mineiros ilegais", de acordo com um relatório da Câmara de Minas da África do Sul.
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