Ele foi nomeado pelo senador cinco dias após ser exonerado da Casa Civil.
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Pedri, ativo no Twitter, onde tem mais de 26 mil seguidores, já comparou o isolamento social ao Ato Institucional nº 5, medida mais radical da ditadura militar brasileira. O AI-5, entre outras arbitrariedades, cassou mandatos de parlamentares e censurou a imprensa.
"O 'ficaemcasa' é o AI-5 da nossa época. Mais agressivo e com foco nos comuns, nem no pior dos extremismos imaginávamos pessoas sendo presas por quererem se sustentar", escreveu o novo assessor do filho '01' do presidente Jair Bolsonaro. Ele também já chamou a preocupação com a covid-19 de "histeria" e alegou, sem provas, que o "vírus chinês" foi criado em laboratório.
No gabinete de Flávio, Pedri está com o cargo de assessor parlamentar SF02, o de maior remuneração dentre os comissionados - o salário bruto é de R$ 17,3 mil. Foi nomeado no dia 20 de abril, menos de uma semana após ser dispensado por Braga Netto.
O assessor, crítico da esquerda e do que chama de "globalismo", estava na Casa Civil por iniciativa do ex-ministro da pasta Onyx Lorenzoni, que hoje comanda o Ministério da Cidadania.
Antes de Bolsonaro assumir o Planalto, Pedri já havia trabalhado para Lorenzoni na Câmara dos Deputados, entre novembro de 2016 e novembro de 2018. A remuneração, porém, era bem inferior à que receberá do gabinete de Flávio: cerca de R$ 5,9 mil. Um mês antes de começar a trabalhar para o deputado, ele deu baixa num pequeno negócio de roupas, que mantinha desde 2002 em Porto Alegre.
Autor do manifesto do Aliança Pelo Brasil, partido que a família Bolsonaro e seus aliados pretendem criar, Pedri escreveu, por exemplo, que "a relação entre esta Nação e Cristo é intrínseca, fundante e inseparável".
Procurado, o senador Flávio Bolsonaro não respondeu até a publicação deste texto.
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