O estado de Nova York cancelou hoje, numa decisão inédita, as suas eleições primárias democratas, marcadas para 23 de junho, por causa da pandemia de covid-19.
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Os membros democratas do Conselho Eleitoral de Nova York decidiram hoje cancelar a realização no seu estado das eleições primárias para decidir a escolha do candidato que enfrentará o republicano Donald Trump nas presidenciais de 03 de novembro.
O comissário Andrew Spano disse que a decisão decorreu de uma longa reflexão em que foi preponderante a preocupação com a saúde pública, procurando assim evitar os riscos de contágio decorrentes de um ato eleitoral em plena pandemia.
Em vários estados, a decisão tem sido manter as eleições ou adiá-las para os meses de junho e julho, mas o Conselho Eleitoral de Nova York decidiu ser mais radical e abdicar do ato eleitoral.
Também pesou na decisão o fato de o Partido Democrata já ter resolvido, na prática, a questão da escolha do candidato presidencial, depois de todos os outros pré-candidatos terem desistido da corrida eleitoral, permanecendo apenas o nome do ex-vice-Presidente Joe Biden.
O último desistente foi Bernie Sanders, que anunciou há duas semanas o abandono da sua pré-candidatura, alegando não ter já capacidade para ultrapassar os delegados eleitos por Joe Biden.
O estado de Nova York é o epicentro da pandemia de covid-19 nos Estados Unidos, com mais de 17 mil mortes, só na cidade de Nova York.
Os Estados Unidos registram cerca de um milhão de casos de infecção com o novo coronavírus, incluindo mais de 50.000 mortes.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 206 mil mortos e infectou quase três milhões de pessoas em 193 países e territórios.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Noruega, Áustria, Suíça, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.
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