Pelo menos 40 cadáveres foram hoje encontrados em várias aldeias da zona de Mahagi, na província de Ituri, nordeste da República Democrática do Congo (RDC), confirmaram ativistas locais à agência Efe
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As outras aldeias nas quais foram encontradas 12 vítimas mortais são Yagu, Uwu e Jupamandju, de acordo com o mesmo ativista, que alertou para o avançado estado de decomposição de alguns desses corpos e para o risco de doenças, como a cólera.
Segundo Tobino, o massacre foi cometido por milicianos da Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo (Codeco), um grupo armado formado pela comunidade Lendu, um dos grupos étnicos da região, e que, nas últimas semanas, aumentou os seus ataques.
Nesta situação de insegurança, "é necessário um comboio militar e uma equipa da Cruz Vermelha para acessar a essas aldeias, registrar todos os corpos e dar-lhes um enterro decente e seguro", sublinhou, aos órgãos de comunicação locais, Jack Thobino, membro da sociedade civil de Mahagi.
O conflito entre lendus e hemas remonta ao final dos anos de 1990, quando as tropas do Uganda presentes na RDC para a Segunda Guerra do Congo (1998-2003) decidiram pôr um hema, que é o grupo minoritário na área, como administrador chefe de Ituri, uma província muito rica em minerais, especialmente ouro.
Desencadeou-se então aquele que ficou conhecido como "conflito de Ituri", que deixou um rasto de 50 mil mortes, segundo estimativas da ONU, e foi comparado ao genocídio no Ruanda, em 1994, resultante das sangrentas rivalidades entre hutus e tutsis.
Apesar das rivalidades, as duas comunidades, lendus e hemas, partilham uma língua comum e uniram-se em casamentos mistos.
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