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quinta-feira, 28 de maio de 2020

Página de verificação já citou alvos de operação da PF em checagens

Carla Zambelli e outros publicaram alegações sem evidências contra o STF, segundo site de verificações de informações

© Divulgação
Aliados do presidente Jair Bolsonaro que foram alvo de operação da Polícia Federal que apura propagação de fake news contra o Supremo Tribunal Federal (STF) já compartilharam boatos posteriormente desmentidos pelo Estadão Verifica. Seis nomes bolsonaristas foram citados em 12 checagens. Entre aqueles que publicaram alegações sem evidências, informações tiradas de contexto ou boatos inventados estão os deputados federais Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP) e Daniel Silveira (PSL-RJ), o deputado estadual de São Paulo Gil Diniz (PSL), o blogueiro Allan dos Santos e o empresário Luciano Hang.


Não há, porém, relação entre os conteúdos checados e a operação da PF.
Em março deste ano, os deputados Bia Kicis e Daniel Silveira compartilharam vídeo que retirava de contexto um trecho de entrevista do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, para referendar o discurso do governo federal contra o isolamento social.
O deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) ainda compartilhou outras duas alegações falsas checadas pelo Estadão Verifica. A primeira em agosto de 2018, quando era pré-candidato. Em vídeo, o ex-policial militar afirmou que uma pesquisa de intenção de voto em presídios brasileiros teria apontado 100% de rejeição ao então candidato à Presidência Jair Bolsonaro. A Justiça, que teria de autorizar esse tipo de apuração entre os detentos, negou a existência da pesquisa. Em novembro de 2019, o Estadão Verifica desmentiu o boato de que a soltura de dois homens acusados de matar uma criança no Maranhão teria relação com a decisão do STF de derrubar a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância.
Em 11 de abril deste ano, um vídeo foi compartilhado com a denúncia falsa de que o governo do Pará estaria utilizando detentos para vigiar a população. Na verdade, a iniciativa do governo colocou os presos para pintar marcações no chão em pontos de ônibus para promover o distanciamento de um metro entre as pessoas. Diversos perfis bolsonaristas no Twitter divulgaram o boato, entre eles o do vereador Carlos Bolsonaro, do deputado estadual Gil Diniz e da deputada federal Carla Zambelli, os dois últimos alvos da operação desta quarta. Carla Zambelli apagou o post.
Zambelli ainda compartilhou vídeo na campanha eleitoral de 2018 no qual colocava em dúvida a legalidade das candidaturas de Dilma Rousseff (Senado por Minas Gerais) e Lindbergh Farias (reeleição no Senado pelo Rio de Janeiro). No momento da publicação, a Procuradoria havia pedido o indeferimento do registro deles, mas a palavra final seria da Justiça Eleitoral. Ambos acabaram concorrendo, e foram derrotados.
O blogueiro Allan dos Santos, sócio do site conservador Terça Livre, lidera o número de boatos compartilhados e checados pelo Estadão Verifica - no total foram seis entre 24 de outubro de 2018 e 4 de maio de 2020. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
VIA...NOTÍCIAS AO MINUTO

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