No artigo publicado neste sábado, 2, intitulado "Presidente, assuma sua irresponsabilidade", Witzel acusou o núcleo bolsonarista
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"Gostaria que todos voltassem a trabalhar, mas quem decide isso não sou eu, são os governadores e prefeitos", afirmou Bolsonaro nesta sexta, 1º, em declaração pelo Dia do Trabalho. Ao longo da semana o presidente havia dito que não se responsabiliza pelas mortes pela covid-19 e que "a conta" deve ser direcionada aos governadores e prefeitos que adotaram medidas de restrição.
No artigo publicado neste sábado, 2, intitulado "Presidente, assuma sua irresponsabilidade", Witzel acusou o núcleo bolsonarista e "seu gabinete de fake news" de insistirem na "estapafúrdia" tese de conspiração política, na linha "os governadores querem destruir a economia para enfraquecer o Bolsonaro".
Ele pediu que o presidente, assuma sua responsabilidade em ajudar os Estados no enfrentamento da pandemia do coronavírus. "(O presidente) não consegue ter conosco (os Estados) uma relação institucional. Quer jogar nas nossas costas a culpa de tudo. Não vai ser assim, presidente. Assuma sua responsabilidade. Ou sua irresponsabilidade", disse.
Em vídeo gravado para o Dia do Trabalho, Witzel fez um pedido de desculpas: "Aproveito, neste primeiro de maio, para pedir desculpas ao povo. Porque eu errei. Erramos. Escolhemos um presidente que é irresponsável, que não entendeu a responsabilidade do cargo que ocupa. Ele, hoje, só pensa nas eleições de 2022 e não exerce aquilo que esperávamos que ele exercesse, que é governar, fazer as reformas necessárias que o Brasil precisa."
Em sua conta no Twitter, Witzel afirmou também no 1º de maio que o único que pode socorrer os que neste momento padecem financeiramente é o governo federal. "Em vez de asfixiar os Estados, como parece querer o presidente, é preciso agir. A conta é do presidente. É assim em todo o mundo", afirmou. Apoiadores de Jair Bolsonaro criticaram as postagens, chamando o governador de "traidor" e "hipócrita".
Na manhã deste sábado, 2, o governador do Rio divulgou seu artigo na mesma rede social e voltou a atacar indiretamente a postura de Bolsonaro, ao fazer um apelo para que fluminenses permaneçam em casa. "Vamos nos manter unidos e cuidar da nossa saúde, da saúde de nossos pais, nossos avós e nossos filhos. A economia a gente ressuscita. Os mortos, não", afirmou.
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