Durante o período de internação, o líder kayapó foi submetido a uma transfusão de sangue e a uma bateria de exames, que detectou úlceras intestinais, inflamação no cólon, fibrilação atrial crônica e enfisema
Essa foi a segunda unidade hospitalar onde recebeu cuidados. Em um primeiro momento, no dia 16 de julho, foi encaminhado de sua aldeia, na terra indígena Capoto-Jarina, para um hospital em Colíder (MT). Na ocasião, já apresentava sintomas de desidratação.
Durante o período de internação, o líder kayapó foi submetido a uma transfusão de sangue e a uma bateria de exames, que detectou úlceras intestinais, inflamação no cólon, fibrilação atrial crônica e enfisema. Como consequência do sangramento digestivo, desenvolveu anemia em nível grave.
Em entrevista realizada na manhã de hoje, o médico Douglas Yanai afirmou que o líder indígena chegou abatido ao hospital e que suspeita que a morte da companheira do cacique, Bekwyjkà Metuktire, no mês de junho, tenha relação com os problemas de saúde desencadeados. "Agora estou curado e queria dizer que a doença chega em qualquer dia e acomete alguém da nossa família. Queria que todas as pessoas pensassem nisso e pudessem amar, respeitar o outro, porque a gente não sabe o dia de amanhã, se nossos amigos vão ficar doentes", afirmou o líder, em coletiva de imprensa.
Cacique Raoni é uma liderança de forte influência e que mantém interlocução com diversas figuras de semelhante proeminência, como o Papa Francisco. Reconhecido pelas mobilizações em prol dos povos indígenas e da floresta amazônica.
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