Dois suspeitos morreram em confronto
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Depois de mais de 24 horas de terror, com mortos, presos e famílias feitas reféns por bandidos em fuga, a Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro diz que conseguiu controlar a tentativa de invasão ao Complexo de São Carlos, na região central da capital.
A operação resultou em 16 presos e na apreensão de nove fuzis, dez pistolas, 42 granadas, munições e drogas. Dois suspeitos morreram em confronto.
Pelo menos 150 homens, de várias comunidades ligadas à facção criminosa Comando Vermelho saíram na tarde desta quarta-feira (26) para tomar os pontos de venda de drogas no São Carlos, ligado à facção Terceiro Comando Puro (TCP). A maioria dos criminosos saiu da favela da Rocinha, na zona sul, que tem um poderio de armas e munições de grosso calibre, como fuzis e pistolas automáticas.
Os criminosos foram para o Rio Comprido, que fica perto do Complexo de São Carlos, para dominar a comunidade. No início da tentativa de invasão, houve troca de tiros, explosões de granadas e invasão de prédios e residências no Rio Comprido e na própria comunidade de São Carlos, fazendo de reféns famílias. O tiroteio durou até de madrugada de hoje (27) e recomeçou hoje à tarde.
A tropa de elite da Polícia Militar foi acionada e o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e o Batalhão de Choque e Ações com Cães começaram as buscas aos criminosos. A Polícia Militar não usou helicópteros, seguindo a restrições às operações durante a pandemia de covid-19, em comunidades do Rio de Janeiro.
Uma das vítimas foi Ana Cristina da Silva, 25 anos, que saía de casa acompanhada do filho de três anos, para o trabalho, quando começou uma troca de tiros entre traficantes rivais. Ela protegeu o filho com o próprio corpo e acabou baleada duas vezes, morrendo, devido aos ferimentos. A criança não sofreu ferimentos.
Durante a madrugada, por volta das 2h, um criminoso em fuga entrou em prédio na Rua Aristides Lobo, no Rio Comprido, e fez uma família refém. Avó, filha e neta ficaram quase cinco horas no apartamento com o criminoso. Ele fez contato com o irmão, o pai e a ex-mulher e se entregou à equipe de negociadores do Bope, na presença da família. Renato Fortunato da Costa, 29 anos, estava ferido de raspão, devido ao confronto no São Carlos, mas estava bem. A família refém nada sofreu.
No início da tarde, cinco criminosos que faziam refém uma família no morro de São Carlos gravaram um vídeo e avisaram aos familiares por telefone, informando que iriam se entregar sem confronto com a polícia. Militares do Batalhão de Choque prenderam os cinco criminosos.
Por volta das 16h, mais quatro criminosos em fuga fizeram uma senhora refém, moradora do Estácio. Ela estava em casa sozinha. Os militares do Bope negociaram a libertação da refém e a entrega dos criminosos. Os quatro se entregaram, sem reação. A mulher recebeu atendimento do Corpo de Bombeiros, devido ao estado de choque, mas passa bem. Três dos criminosos foram levados para a delegacia e o quarto para o Hospital Municipal Souza Aguiar (HMSA), pois estava com uma fratura na perna, ocasionada quando fugia do morro de São Carlos.
Com informações da Agência Brasil
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