A necessidade de uma união da esquerda para combater o bolsonarismo foi tratada superficialmente
© Ricardo Stuckert / Instituto Lula |
Mesmo com a notícia de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro Ciro Gomes se encontraram em setembro e fizeram as pazes, interlocutores do petista e do pedetista disseram que eles não chegaram a traçar planos ou estratégias eleitorais conjuntas.
Lula e Ciro se reuniram no mês passado, na sede do Instituto Lula, em São Paulo, e conversaram durante toda a tarde. A necessidade de uma união da esquerda para combater o bolsonarismo foi tratada superficialmente, ainda de acordo com os interlocutores. O encontro, revelado pelo jornal O Globo, foi intermediado pelo governador do Ceará, Camilo Santana, petista e um dos aliados da família Gomes no Estado.
Somente os três participaram da conversa. "Isso sinaliza a necessidade de unidade das esquerdas. Espero que este encontro tenha uma projeção para 2022 e para o segundo turno das eleições deste ano", afirmou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), secretário-geral da sigla.
A pedido de Lula o encontro estava sendo mantido em sigilo para não melindrar a base petista, que elegeu Ciro como adversário, às vésperas das eleições municipais. A assessoria do petista não quis comentar.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, condicionou a reaproximação dos dois a um pedido de desculpas do pedetista ao PT. "Qualquer aproximação com Ciro Gomes passa por um pedido público de desculpas dele ao Lula e ao PT, pelo que ele disse, principalmente ao Lula."
Gleisi também cobrou um "gesto" de Ciro pelo fim dos ataques do PDT à candidata petista à prefeitura de Fortaleza, Luiziane Lins. Luiziane ocupava a segunda colocação nas pesquisas, atrás do líder Capitão Wagner (PROS), mas foi ultrapassada pelo candidato dos Gomes, José Sarto, segundo levantamento do Datafolha divulgado anteontem. Fortaleza é uma das únicas capitais em que o PT tem chance real de vitória.
Ciro e Lula não se falavam desde 2018, quando ocuparam lados opostos na disputa presidencial. Desde então a escalada de ataques aumentou. O mais notório foi quando, em evento da campanha de 2018, Cid Gomes, irmão de Ciro, disse a um manifestante: "Lula tá preso, babaca". Na sequência, Ciro se recusou a declarar apoio a Fernando Haddad no segundo turno da eleição presidencial.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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