Segundo dados da corporação, somente em 2020, foram retiradas de circulação 560 toneladas de maconha, 22 toneladas de cocaína, US$ 2,5 milhões em moeda e cerca de R$ 25 milhões em dinheiro gerado por atividades ilícitas
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O número é significativo: R$ 4,5 bilhões. Esta é a estimativa feita pelo diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Eduardo Aggio, do valor que a PRF retirou das mãos do crime organizado. Em entrevista nesta quinta-feira (1) para a Voz do Brasil, o diretor informou que a crescente entrega de números expressivos de combate ao crime e à violência no trânsito são resultados de investimentos em tecnologia e inovação na fiscalização de estradas e rodovias nacionais.
“A grande disrupção é a capacidade de impulsionar os resultados e a eficiência pelo uso da tecnologia, da superioridade de informações e a capacidade de prover inteligência aos agentes em campo, no caso as rodovias e estradas federais”, afirmou.
Segundo dados da corporação, somente em 2020, foram retiradas de circulação 560 toneladas de maconha, 22 toneladas de cocaína, US$ 2,5 milhões em moeda e cerca de R$ 25 milhões em dinheiro gerado por atividades ilícitas. As apreensões são resultado das várias fases da Operação Tamoio - considerada a maior operação de enfrentamento ao crime realizada pela PRF.
Aggio explicou que as intervenções foram feitas em pontos estratégicos, reconhecidos por ações de inteligência, que sufocaram as vias de distribuição e movimentação de drogas e dinheiro do crime organizado. “A gente tem focado na restrição do fluxo logístico criminal nas fronteiras, divisas e na chegada ao polo consumidor nos grandes centros”, informou.
O modal rodoviário é a principal forma logística de distribuição de alimentos e insumos no Brasil. Sabendo disso, a PRF intensificou as ações de segurança para caminhoneiros durante a pandemia, para que o fluxo constante de mercadorias não fosse afetado durante a crise causada pelo novo coronavírus. Aggio explicou que houve uma ação coordenada dos agentes de campo para que não houvesse nenhum tipo de interrupção nas principais conexões do país.
“Não medimos esforços para que esses profissionais pudessem continuar a realizar seus trabalhos. [Esses trabalhos] que permitem que os alimentos chegam à mesa dos cidadãos. Foi um trabalho feito para todos que dependem das rodovias federais. Conferimos agilidade e prosperidade com o fluxo eficiente.”
Aggio comentou a retirada de radares estáticos, móveis e portáteis nas rodovias federais, determinada pelo presidente Jair Bolsonaro em agosto de 2019. Segundo o policial, o intuito de retirar os aparelhos é fazer com que as medidas de trânsito sejam transformativas e não punitivas.
“Havia espaço para a melhoria da legislação que trata do uso de radares. Não queríamos mandar uma multa para uma viúva um mês após o falecimento do condutor em uma curva perigosa. Queríamos que a presença policial não permitisse que o cidadão excedesse a velocidade e, portanto, não viesse a se acidentar”, argumentou. “A ostensividade permite que o caráter pedagógico seja maior que o punitivo. Com isso, mais vidas são salvas. O condutor, ao ver a fiscalização, reduz a velocidade e não se acidenta.”
Sobre a turma de policiais rodoviários federais em formação, Aggio explicou que a formação e o trabalho dos agentes cria um reflexo direto na sociedade, na segurança pública e na economia. “[A formação de novos agentes] trata-se de um investimento em segurança pública. Podemos executar um serviço mais eficaz, entregar mais resultados e permitir que exista mais segurança.”
O diretor comemorou, ainda, a possibilidade de concurso público para o órgão, que foi anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro e está em análise no Ministério da Economia. “Com isso [a atuação da PRF], nossa logística nacional funciona de forma mais eficaz e, portanto, reduz o custo país e torna o Brasil mais competitivo”, concluiu.
Com informações da Agência Brasil.
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