Durante a pandemia, de acordo com Campos Neto, o Brasil foi um dos poucos países que realizou mais transferências diretas para famílias que para empresas.
© Marcelo Camargo/Agência Brasil |
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a abordar a situação da dívida bruta brasileira, em meio à crise provocada pelo novo coronavírus. Em evento virtual, ele pontuou que a dívida bruta brasileira - hoje na casa dos 90% do Produto Interno Bruto (PIB) - é a maior entre os países emergentes, atrás apenas de Angola e Líbia.
Segundo Campos Neto, a questão da dívida bruta precisará ser endereçada. "A dívida é um fator de risco que precisa ser endereçado com certa urgência", afirmou.
Campos Neto afirmou ainda que o Brasil realizou gasto "extraordinariamente alto" durante a pandemia do novo coronavírus, na comparação com os demais países emergentes. "Isso tem implicação para a área fiscal", ressaltou.
Durante a pandemia, de acordo com Campos Neto, o Brasil foi um dos poucos países que realizou mais transferências diretas para famílias que para empresas. Situação semelhante ocorreu na África do Sul.
Os programas de enfrentamento da crise, conforme o presidente do BC, elevaram a dívida bruta brasileira, com efeitos sobre o risco do País. "O fator risco é muito maior agora do que era depois da Segunda Guerra Mundial", afirmou, ao demonstrar gráfico com dados de vários países.
Campos Neto participa nesta quarta-feira, 25, do evento virtual "IV Painel Cooperativismo Financeiro", organizado pela cooperativa Sicoob Engecred.
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