Os EUA começaram sua campanha de imunização no dia 14 de dezembro, com previsão de vacinar 20 milhões de americanos até o fim deste ano.
© Kevin LaMarque/Reuters |
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O presidente eleito dos EUA, Joe Biden, criticou nesta terça-feira (29) o andamento do programa de vacinação do governo Trump e disse que, se continuar no ritmo atual, o país demoraria "anos, não meses" para vacinar sua população.
"Somos gratos pelas empresas, médicos, cientistas e pesquisadores pelo rápido desenvolvimento da vacina, mas como há muito temia e alertei, o esforço para distribuir e administrar o imunizante não está progredindo como deveria", disse ele em um discurso televisionado.
Os EUA começaram sua campanha de imunização no dia 14 de dezembro, com previsão de vacinar 20 milhões de americanos até o fim deste ano - o país autorizou o uso emergencial de dois imunizantes, um desenvolvido pelas empresas Pfizer e BioNTech, liberado no dia 11, e outro pela Moderna, no dia 18.
"Trump sugeriu que 20 milhões de americanos poderiam ser vacinados no fim de dezembro e, faltando apenas alguns dias para o fim do mês, vacinamos alguns poucos milhões até agora", declarou o democrata.
Em seguida, Biden afirmou que seu governo não medirá esforços no combate ao vírus e que, "se o Congresso providenciar o financiamento", pretende imunizar 100 milhões de pessoas nos seus cem primeiros dias como presidente - ele toma posse em 20 de janeiro.
"Orientei minha equipe a preparar um esforço muito mais agressivo, com mais envolvimento federal e liderança. Encontraremos maneiras de aumentar o ritmo de vacinação, mas isso vai levar mais tempo do que as promessas de Trump sugeriram", continuou.
E, assim como já havia feito o republicano, Biden também disse que poderá recorrer à Lei de Produção de Defesa para obrigar a indústria privada a acelerar a produção de vacinas, bem como a de equipamentos de proteção.
O democrata lembrou que "foi chamado de demasiado alarmista e pessimista" quando disse, meses atrás, que a pandemia no país ainda ia piorar -os EUA já somam 337 mil mortes, a pior marca entre todos os países do mundo.
Mais cedo nesta terça, a vice-presidente eleita Kamala Harris tomou a vacina contra a Covid-19 em um hospital em Washington -Biden, que, aos 78 anos, faz parte do grupo de maior risco à doença, já havia recebido o imunização no dia 21 de dezembro.
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