Os ingressos têm valores de R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia-entrada) e podem ser adquiridos na bilheteria da Cidade das Artes de terça a domingo, das 10h às 18h, ou pelo site
© Maringas Maciel |
Em continuidade às comemorações pelos 250 anos de nascimento do compositor alemão Ludwig van Beethoven, completados em 2020, a Orquestra Rio Sinfônica apresenta, em todos os sábados do próximo mês de março, às 19h, o Beethoven Fest. Trata-se de uma série de concertos a preços populares, que será realizada na Grande Sala da Cidade das Artes, com patrocínio do Ministério do Turismo e da empresa Innospec. Os ingressos têm valores de R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia-entrada) e podem ser adquiridos na bilheteria da Cidade das Artes de terça a domingo, das 10h às 18h, ou pelo site.
O idealizador do evento é o pianista Nivaldo Tavares, que está à frente da recém-criada Orquestra Rio Sinfônica. O objetivo, segundo ele, é proporcionar um mergulho na obra do mestre alemão, (re)apresentando suas obras mais populares ao público em concertos dinâmicos. Devido ao período de isolamento social, a capacidade da sala, originalmente de 1.234 lugares, receberá 617 espectadores (50% da lotação).
Solista dos dois primeiros concertos do Beethoven Fest, Nivaldo Tavares lembrou que “Beethoven revolucionou a música e deixou um legado que até hoje influencia compositores dos mais diversos estilos. Sua obra transcende o clássico e alcança pessoas que talvez nunca cheguem a saber quem ele foi”, afirmou. O pianista destacou que a música de Beethoven é ouvida no dia a dia das pessoas, como Für Elise, por exemplo, nas esperas de telemarketing e caminhões de gás. “Já a introdução da Sinfonia Nº 5 remete a filmes de suspense, enquanto Ode à Alegria, a momentos vitoriosos nos esportes. No cinema, suas músicas estão em trilhas sonoras, como Laranja Mecânica e Duro de Matar”, citou.
No concerto de abertura, em 6 de março, a Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro se apresenta com solo de Nivaldo Tavares ao piano, sob a regência de Mario Barcelos. No programa, estão o Concerto para Piano No. 1, Op. 15 e a Sinfonia No. 1, em Dó Maior, Op. 21.
No sábado seguinte (13), sob a regência do português Osvaldo Ferreira, diretor da Filarmônica de Lisboa, a Orquestra Rio Sinfônica e o solista Nivaldo Tavares executam o Concerto para Piano No. 5, Op. 73, Imperador, e a Sinfonia No. 6, em Fá Maior, Op. 68, Pastoral.
No dia 20, a Rio Sinfônica recebe o pianista Eduardo Monteiro, com regência de Tobias Volkmann. Fazem parte do programa o Concerto para Piano No. 3, Op. 37 e a Sinfonia No.7, em Lá Maior, Op. 92.
A programação será encerrada em 27 de março, quando subirão ao palco, junto com a Rio Sinfônica, a pianista argentina Karin Lechner; a violinista paulistana Ana de Oliveira, spalla da Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminene (UFF); e o violoncelista gaúcho Hugo Pilger, 'spalla' do naipe na Orquestra Petrobras Sinfônica. A regência será de Mario Barcelos. No programa, o Concerto Tríplice, em Dó Maior, Op. 56 e a Sinfonia No.5, em Dó Menor, Op. 67.
Formada por importantes músicos do cenário nacional, a Orquestra Rio Sinfônica foi criada em 2020 com o objetivo de ampliar a plateia de música clássica, apresentando concertos mais curtos, com repertório familiar ao grande público e abrangendo programação clássica e contemporânea.
Nivaldo Tavares disse que a ideia é “quebrar esse tabu de que a música clássica é algo elitista e inacessível. Ir a um concerto pode ser tão simples quanto ir ao sambódromo e, na maioria dos casos, até mais em conta”, defendeu. Tavares revelou que escolheu Beethoven para começar a série devido à popularidade do compositor alemão.
A orquestra fez sua estreia em fevereiro de 2020, na Cidade das Artes, na primeira edição do Beethoven Fest, pouco antes do começo da pandemia do novo coronavírus. As apresentações e ensaios tiveram que ser suspensos e retomaram no final do ano passado, respeitando as medidas de distanciamento social.
Ludwig van Beethoven nasceu em 17 de dezembro de 1770, na cidade de Bonn, Alemanha. Filho de um tenor da corte, Beethoven começou cedo sua relação com a música, através do pai, que o submetia a horas de estudo no piano. Começou a se apresentar aos sete anos. Aos dez anos, já dominava a obra completa de Bach.
Com 21 anos, Beethoven se mudou para Viena, na Áustria, cidade onde se tornou um respeitado compositor. Aos 26 anos, manifestaram-se os primeiros sintomas da surdez que o acompanhou por toda a vida. Entretanto, o problema de saúde não o impediu de criar suas mais famosas obras. Aos 44 anos, Beethoven ficou completamente surdo, passando a se comunicar por meio de pequenos cadernos. Mas foi incapaz de abandonar a música. Apesar da redução na quantidade de suas composições, aumentou a qualidade da produção. Foi nesse período que compôs três de suas obras mais famosas: o Quarteto para Cordas (Opus 131), a 9ª Sinfonia e a Missa Solene.
Beethoven morreu em 26 de março de 1827, de causa não identificada.
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