A Covax é uma iniciativa global promovida pela OMS e coordenada pela Aliança Gavi para facilitar o acesso de países a vacinas contra Covid-19.
© Brianna Soukup/Portland Press Herald via Getty Images |
BRUXELAS, BÉLGICA (FOLHAPRESS) - A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou nesta segunda (1º) que não é possível garantir que o Brasil receberá de 10 milhões a 14 milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford do consórcio internacional Covax Facility em meados de fevereiro, como anunciou neste sábado (30) o Ministério da Saúde.
O governo federal afirmou ter recebido a informação por carta da Covax, mas, segundo a diretora do departamento de imunizantes da OMS, Mariângela Simão, trata-se de previsões, que ainda precisarão ser confirmadas.
"Ainda estamos esperando a projeção sobre o número de doses que estarão disponíveis em fevereiro e março. Está havendo gargalos na produção de vários fabricantes, e pode ser que os volumes sejam menores que os esperados", afirmou ela.
Na última quinzena, a AstraZeneca, que produz o principal imunizante da campanha do governo federal, cortou seu fornecimento para a União Europeia devido a problemas em sua fábrica na Bélgica.
As entregas também foram reduzidas pelos fabricantes de duas outras vacinas não usadas no Brasil, a Pfizer/BioNTech e a Moderna, levando países a suspender as campanhas de vacinação.
Em entrevista à Folha na última terça-feira (26), o vice-diretor da Opas/OMS (Organização Panamericana de Saúde), Jarbas Barbosa, no entanto, havia afirmado que o envio das primeiras doses de vacinas previstas pelo consórcio ao Brasil começaria em março, mas com quantidades limitadas até junho.
A Covax é uma iniciativa global promovida pela OMS e coordenada pela Aliança Gavi para facilitar o acesso de países a vacinas contra Covid-19. O acordo do Brasil na Covax prevê 42,5 milhões de doses até o fim de 2021.
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