O governo gastou R$ 1,3 milhão dos cofres públicos para pagar ações de marketing com influenciadores
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Nesta quarta-feira (31), uma investigação sobre os gastos do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), envolvendo influenciadores caiu como uma bomba na imprensa e dominou as redes sociais.
De acordo com a Agência Pública, o governo gastou mais de R$ 1,3 milhão dos cofres públicos para pagar ações de marketing de influenciadores digitais a favor de um suposto 'Atendimento Precoce', no qual Bolsonaro vem defendendo com o uso de medicamentos sem comprovação científica na eficácia para o tratamento do novo coronavírus.
De acordo com documentos obtidos pela Agência, a ex-BBB Flávia Viana recebeu, sozinha, R$ 11,5 mil, da Secom para participar da campanha. Os influenciadores João Zoli, Jéssika Taynara e Pam Puertas também participaram da ação e fizeram cada um post no feed e seis stories —todos no Instagram— falando sobre o assunto.
Após os vazamentos das informações e as duras críticas nas redes sociais ao influenciadores, Flávia Viana decidiu comentar o caso e afirmou que participou da ação, mas a intenção dela era falar sobre a prevenção da doença ao indicar um 'Atendimento Precoce', que não estava indicando medicamento. Jéssika Taynara também fez a mesma afirmação e disse que não iria indicar cloroquina ou ivermectina para tratamento da Covid-19.
Nas redes sociais, as explicações das influenciadoras parece não ter convencido os internautas: "Como elas dizem que achavam que 'atendimento precoce' era sobre pessoas doentes procurarem o médico, mas como você vai ao hospital sem estar com a doença?", "Estamos há meses escutando Bolsonaro falar em tratamento precoce e atendimento precoce, dá a galera faz propagando sobre isso e diz que não sabia? Que achava que era outra coisa?" e "É complicado julgar as pessoas e elas poderiam nem saber do 'kit covid' que o governo insiste em enfiar no povo, mas só de fazer um propaganda para esse governo negacionista já seria estranho", foram alguns comentários.
João Zoli e Pam Puertas ainda não comentaram o caso.
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