A KLM opera um voo diário para São Paulo e quatro por dia ao Rio de Janeiro
© Axel Schmidt/Reuters |
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A companhia aérea holandesa KLM voltou a transportar passageiros em voos oriundos do Brasil e com destino Amsterdã. A empresa, porém, restringe a lista de passageiros aceitos nas viagens desse trecho a cidadãos holandeses e outros residentes da União Europeia, equipe médica, equipes marítimas e tripulantes de companhias aéreas.
A nova regra passou a valer na terça (23). Antes, devido às novas regras do governo holandês para a entrada naquele país, apenas passageiros de Amsterdã para o Brasil eram permitidos, e os voos para a Europa eram apenas para transporte de cargas. Agora, os trechos podem receber passageiros.
A KLM opera um voo diário para São Paulo e quatro por dia ao Rio de Janeiro.
A preocupação com a evolução da epidemia de Covid-19 no território brasileiro e a identificação de uma nova variante do coronavírus em Manaus levou países a implementarem restrições no tráfego aéreo com o Brasil em janeiro.
Vizinhos como Peru e Colômbia, por exemplo, restringiram viagens vindas do Brasil pelo mês de fevereiro. Na Europa, a Itália, a Alemanha e a França também chegaram a bloquear voos saídos do país.
Portugal organizou um voo de repatriamento para portugueses retidos em território brasileiro. As viagens entre os dois países estão suspensas desde 29 de janeiro.
O Brasil já passa dos 250 mil mortos pela Covid-19. Em 7 das 27 unidades federativas do país, o pico de mortes pelo novo coronavírus em 2021 já superou o ponto mais alto da pandemia em 2020.
Em Roraima, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Paraná e Amazonas, a semana mais letal deste ano soma mais mortes que a pior do ano passado.
Embora não haja consenso entre especialistas se o Brasil vive uma segunda onda da pandemia ou apenas um repique da primeira, em quase todos os estados o número de mortes voltou a crescer após um período de queda.
Novas cepas do vírus preocupam as autoridades de todo o mundo. Uma delas foi identificada no Amazonas. Chamada de P.1, a variante já tem casos em ao menos 17 estados do país, aponta balanço divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (23).
O levantamento foi feito a partir de dados enviados pelas secretarias estaduais de saúde, os quais abrangem informações até o dia 20 de fevereiro. Para comparação, balanço de 12 de fevereiro apontava que a variante tinha sido identificada em dez estados.
Segundo a pasta, os registros da variante P.1 já somam ao menos 184 casos no país -especialistas, porém, apontam possibilidade de que o número seja maior, já que apenas uma amostra dos casos de Covid costuma ser alvo de análise para sequenciamento genômico, modelo que permite essa identificação.
Além do Amazonas, que teve ao menos 60 casos já analisados, os estados com maior número de registros são São Paulo (com 28 casos já identificados), Goiás (15), Paraíba (12), Pará (11), Bahia (11) e Rio Grande do Sul (9).
Também há registros da variante já identificados em Roraima (7), Minas Gerais (6), Paraná (5), Sergipe (5), Rio de Janeiro (4), Santa Catarina (4), Ceará (3), Alagoas (2), Pernambuco (1) e Piauí (1).
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