A proibição das ligações aéreas entre Portugal e Brasil é válida até 16 de março, mas pode ser prorrogada
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O cancelamento dos voos com origem ou destino no Brasil -determinada por conta da variante de Manaus do Sars-CoV-2- está em vigor desde 29 de janeiro e afetou centenas de brasileiros, a maioria imigrantes desempregados que já tinham passagem comprada para deixar o país.
Até o momento, apenas a TAP -que tem o Estado português como maior acionista- tinha sido autorizada a realizar as viagens. Dois voos já aconteceram e, nesta quarta-feira (10), foi anunciado um terceiro, previsto para a próxima semana.
Centenas de passageiros com bilhetes da Latam e da Azul que não tinham condições de comprar novas passagens para os voos da TAP permanecem, até agora, sem data para sair de Portugal.
Nos primeiros voos da TAP, a passagem apenas de ida entre Lisboa e São Paulo custava em torno de 890 euros (cerca de R$ 6 mil). Mesmo assim, as vagas disponíveis esgotaram rapidamente.
Em grupos de WhatsApp e nas redes sociais, muitos brasileiros relatam que já não têm dinheiro para despesas com alojamento e alimentação.
Nos sites da Azul e da Latam não há qualquer menção à realização de voos extraordinários para Portugal.
Em nota, a Latam não respondeu por que ainda não foi marcado nenhum voo extraordinário.
"A Latam está atenta ao tema, em contato com os passageiros afetados e avaliando diariamente a possibilidade de realizar voos especiais entre Brasil e Portugal", afirmou.
A companhia aérea disse ainda que "a retomada da operação regular desta rota está sujeita às determinações das autoridades portuguesas".
A Azul também se pronunciou sobre a liberação de voos extraordinários.
"A Azul esclarece que, em função da piora da pandemia de Covid-19, segue sem previsão de retomar os voos entre Campinas e Lisboa. A companhia ressalta que tem trabalhado na reacomodação de clientes com passagens compradas de e para a capital portuguesa", afirmou a empresa.
A proibição das ligações aéreas entre Portugal e Brasil é válida até 16 de março, mas pode ser prorrogada.
Pelo menos 7 casos da variante brasileira foram identificados no país, que está em lockdown desde 15 de janeiro.
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