O investimento no programa será de R$ 1 bilhão apenas em 2021, de acordo com a administração tucana
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) aprovou nesta quinta-feira (29) o programa de auxílio social Bolsa do Povo, proposto pelo governador João Doria (PSDB) em meio aos embates com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) diante das crises sanitária e econômica na pandemia da Covid-19.
O projeto prevê repasses de até R$ 500 por pessoa por meio da ampliação e unificação de outros programas já existente e desenvolvidos pelo Executivo paulista. A aprovação do projeto contou com os votos de 65 deputados –outros 6 foram contrários.
Segundo a gestão Doria, os programas Ação Jovem (para estudantes de 15 a 24 anos) e Renda Cidadã (para pessoas de baixa renda) terão valor aumentado de R$ 80 para R$ 100.
Além disso, serão contratados 20 mil pais e mães de alunos de escolas estaduais para colaborar no retorno às aulas. O pagamento será de R$ 500 por quatro horas diárias.
Segundo o governo tucano, o programa poderá beneficiar cerca de 500 mil pessoas direta ou indiretamente. O público alvo são beneficiários dos programas atuais, além de pais e mães de estudantes.
Após apoiar a eleição de Bolsonaro no segundo turno das eleições em 2018, com a dobradinha BolsoDoria, o tucano rompeu com o presidente ao longo do mandato, e os dois são apontados como rivais para a disputa ao Planalto em 2022.
O projeto de Doria de auxílio social foi lançado no mesmo momento em que Bolsonaro voltou a pagar um novo auxílio emergencial decorrente da crise econômica na pandemia da Covid.
Suspenso desde dezembro, esse benefício federal voltou a ser concedido desde 6 de abril para pessoas com dificuldades de conseguir uma renda em meio à crise sanitária. O valor, que em 2020 era de cerca de R$ 600, foi desidratado e caiu neste ano.
Além de fazer a contraposição a Bolsonaro por meio da vacina Coronavac, com o novo plano Doria também marca posição no combate aos efeitos econômicos da pandemia.
O investimento no programa será de R$ 1 bilhão apenas em 2021, de acordo com a administração tucana. Desse total, R$ 400 milhões virão da abertura de crédito especial remanejados de pastas como Desenvolvimento Econômico e Educação, e do Centro Paula Souza.
Com a aprovação do projeto, o governo poderá, por meio de decretos de regulamentação, ajustar valores, definir os critérios de escolha dos beneficiários e a participação das prefeituras, assim como de organizações não governamentais, associações de pais e mestres e do Legislativo, que poderão complementar com recursos próprios o valor da bolsa e o número de favorecidos.
O texto diz ainda que o pagamento do benefício deverá ser feito, preferencialmente, à mulher. A Assembleia paulista ainda irá realizar analisar oito emendas que tiveram a votação adiada. A nova sessão extraordinária a ser convocada ainda não possui data definida.
Segundo o governo tucano, serão reunidos os seguintes programas, em sete eixos diferentes: Bolsa Trabalho (emprego), Bolsa Renda Cidadã (assistência social), Bolsa Aluguel Social (habitação), Bolsa Talento Esportivo (incentivo), Bolsa Auxílio Via Rápida (qualificação profissional), Ação Jovem e contratação de mães e pais nas escolas (educação), além da contratação de agentes de apoio na saúde.
A gestão Doria diz que o Bolsa do Povo será gerido pela Secretaria de Governo. A administração ainda estuda a ampliação de outros valores e criação de novas ações.
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