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segunda-feira, 10 de maio de 2021

Em comemoração da vitória na 2ª Guerra, Putin diz que há uma alta da 'russofobia' no mundo

O presidente afirmou que as ideias nascidas do nazismo se atualizaram e que há um retorno dos "discursos racistas, da superioridade nacional, do antissemitismo e da russofobia"

 

© REUTERS/Sputnik Photo Agency


O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou neste domingo (9) que seu país defenderá firmemente seus interesses geopolíticos e que há um retorno no mundo de ideologias racistas e "russofóbicas", em discurso na celebração do 76º aniversário da vitória contra os nazistas na Segunda Guerra.

"A Rússia defende incessantemente o direito internacional. Ao mesmo tempo, defenderemos firmemente nossos interesses nacionais e garantiremos a segurança de nosso povo", disse Putin, diante de centenas de militares em uniformes de gala reunidos na Praça Vermelha, em Moscou.


O presidente afirmou que as ideias nascidas do nazismo se atualizaram e que há um retorno dos "discursos racistas, da superioridade nacional, do antissemitismo e da russofobia".


Mais de 12 mil homens e 190 veículos desfilaram após o discurso do chefe de Estado e de uma cerimônia de oficiais e veteranos neste desfile tradicional que marca a vitória sobre os nazistas.


As celebrações de 9 de maio em toda a Rússia, com paradas militares nas principais cidades, são um momento de comunhão patriótica dedicado aos quase 20 milhões de soviéticos mortos durante o conflito.


De acordo com o instituto de pesquisas públicas Vtsiom, para 69% dos russos, esse é o principal feriado do ano.


"Para mim e minha família, é um feriado que celebra uma vitória do povo russo. Estamos orgulhosos, lembramos e honramos nossos entes queridos e nossos bravos soldados", declarou Yulia Goulevskikh, contadora, que participou do desfile militar com a filha em Vladivostok.


Somente após a queda da União Soviética, o grande desfile militar em 9 de maio na Praça Vermelha tornou-se um evento anual.


Em mais de 20 anos no poder, Putin colocou essa data no centro de sua política, exaltando o sacrifício dos soviéticos e regularmente acusando seus adversários ocidentais de histórico "revisionismo" antirrusso por tentar minimizar o papel da União Soviética em a derrota de Adolf Hitler.

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