O time comandado por Renan Dal Zotto superou o forte time dos Estados Unidos de virada, por 3 sets a 1, com parciais de 30/32, 25/23, 25/21 e 25/20
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Nada como uma grande vitória após uma derrota dolorosa. Foi assim com a seleção brasileira masculina de vôlei na madrugada desta sexta-feira, pelo horário brasileiro, nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Sem se abalar pelo revés diante do Comitê Olímpico da Rússia, o time comandado por Renan Dal Zotto superou o forte time dos Estados Unidos de virada, por 3 sets a 1, com parciais de 30/32, 25/23, 25/21 e 25/20.
Na melhor partida da seleção até aqui, não faltou intensidade e bons momentos de vibração e técnica dos brasileiros. A equipe voltou a mostrar poder de superação ao obter nova vitória de virada, como fizera diante da Argentina, por 3 a 2. E elevou seu nível num dos melhores jogos de vôlei em Tóquio até agora.
Além de aliviar a pressão, a partida praticamente assegura o Brasil nas quartas de final. Com três vitórias e uma derrota, a seleção está em segundo lugar no Grupo B, com oito pontos. O Comitê Olímpico da Rússia lidera, com nove. A equipe nacional vai encerrar sua participação nesta fase diante da França, no sábado.
Nesta sexta, os maiores destaques do Brasil em quadra foram Lucarelli, responsável por 19 pontos, Leal, com 18, e Wallace, com 17. Pelo lado americano, Matthew Anderson brilhou com seus 22 pontos. Torey Defalco contribuiu com 21.
Sem mudanças, Renan escalou a seleção com Bruninho, Wallace, Maurício Souza, Lucão, Leal, Lucarelli e o líbero Thales. Vindo de derrota, o Brasil foi surpreendido pelos americanos no início do jogo. Com facilidade, os rivais abriram 5/0. Os brasileiros só equilibraram o duelo na metade do set, que durou longos 45 minutos.
Preocupado, o treinador colocou Borges ainda no set inicial. E o time brasileiro passou a jogar de forma mais consistente. No final de parcial muito equilibrado, as duas equipes empataram em 22/22 antes de entraram numa série de set points desperdiçados. Abusando dos erros nos contra-ataques, o Brasil foi menos efetivo. Perdeu quatro, contra um dos americanos, que selaram o set.
O segundo set começou no mesmo ritmo. O empate só foi superado quando o Brasil abriu 12/9, na maior vantagem brasileira na partida até então. A reação se deveu ao crescimento do bloqueio. A equipe comandada por Renan abriu 22/18, mas permitiu a reação. Desta vez, porém, a equipe brasileira aproveitou seu primeiro set point, em ataque surpreendente de Alan Souza do meio da quadra, para fechar o set e empatar o confronto.
O terceiro set marcou o desequilíbrio do jogo. Pela primeira vez, uma das seleções deslanchou. E o Brasil soube tirar vantagem da perda de intensidade dos EUA. Os rivais passaram a errar, principalmente nos saques, e o time nacional ganhou confiança em quadra. Leal passou a crescer no jogo. Como consequência, o Brasil virou o placar com um 25/21 no set.
A quarta parcial contou com roteiro semelhante. Apesar dos EUA começarem na frente, o Brasil buscou o empate em 8/8, virou em seguida e liderou placar até o fim. Novamente, o set não foi dos mais fáceis. Mas o time nacional soube aproveitar a queda de rendimento dos rivais, principalmente de Defalco, que havia brilhado nos dois primeiros sets.
Jogado com muito mais intensidade do que nos jogos anteriores, a seleção converteu o primeiro dos seus quatro match points e fechou o set e a partida, ganhando confiança para a sequência da Olimpíada.
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