Segundo a polícia, Lessa teria sido contratado por Girão para matar Zóio e a companheira dele
© Sergio Moraes/Reuters |
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O ex-vereador do Rio de Janeiro Cristiano Girão foi preso preventivamente, nesta sexta-feira (30), em São Paulo, durante uma operação da Polícia Civil do Rio. Girão foi preso sob suspeita de mandar matar, em 2014, o ex-policial militar André Henrique da Solva Souza, conhecido como Zóio, e a companheira dele, Juliana Sales de Oliveira.
Na ocasião, o ex-vereador estava preso.
Os agentes da DHC (Delegacia de Homicídios da Capital) também cumpriram um mandado de prisão contra o ex-PM Ronnie Lessa, acusado da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes, em março de 2018. Lessa está preso.
Segundo a polícia, Lessa teria sido contratado por Girão para matar Zóio e a companheira dele.
Girão foi localizado e preso no bairro do Pari, área central da cidade de São Paulo, onde morava. A ação foi realizada pela equipe da DHC, com apoio da Polícia Civil paulista, para cumprimento de mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça.
Conforme a Polícia Civil do Rio, Girão foi surpreendido quando dirigia seu carro, após ter saído, ainda na madrugada, da loja onde dormia. Segundo as investigações, ele passou a se esconder ali depois da veiculação de notícia de que havia um pedido de prisão contra ele por duplo homicídio qualificado.
Ainda de acordo com as investigações, a motivação do duplo homicídio seria uma disputa territorial entre os milicianos comandados por Girão e a facção criminosa liderada por Zóio. Ele era um miliciano de Campo Grande, que tentava dominar a região da Gardênia Azul, na zona oeste do Rio, território do grupo de Girão.
O ex-vereador já havia sido preso, em dezembro de 2009, dentro da Câmara Municipal do Rio. Na época, ele foi condenado por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro da milícia. Girão foi solto em 2017.
Pelo Twitter, o deputado federal Marcelo Freixo (PSB) se manifestou nesta sexta-feira (30) sobre a prisão de Girão: "Esse assassinato mostra que Girão e Lessa, o executor de Marielle e Anderson, são parceiros em atividades criminosas. Essa descoberta pode ajudar a entender quem mandou matar Marielle e qual a motivação. Seguiremos firmes na luta por Justiça!".
Procuradas pela reportagem, as defesas de Girão e de Lessa ainda não se manifestaram.
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