A motivação, ainda de acordo com a Polícia Civil, teria sido a descoberta de traições
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A empresária paulistana Anne Cipriano Frigo, 46, foi presa nesta terça-feira (29) acusada de ser a mandante do assassinato do namorado, Vitor Lúcio Jacinto, 42. Ela nega, mas, segundo investigação da polícia, teria prometido pagar R$ 200 mil ao corretor Carlos Alex Ribeiro de Souza, 28, uma espécie de "faz tudo" do casal, para executar o crime.
A motivação, ainda de acordo com a Polícia Civil, teria sido a descoberta de traições. Já a socialite diz que a morte se deu por uma disputa entre os dois por seu dinheiro.
A morte ocorreu em 16 de junho, e o corpo de Vitor foi encontrado pela Polícia Militar no dia 18, às margens da represa Guarapiranga, na zona sul da capital, segundo o Boletim de Ocorrência. O exame necroscópico apontou que a causa da morte foi um tiro no coração.
Ao buscar esclarecer o homicídio, até então com autor desconhecido, policiais civis do DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa) chegaram até a empresária e o corretor.
Nesta terça, os agentes cumpriram os mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça de São Paulo contra os dois. Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos e a polícia encontrou o carro e a arma que teriam sido usados no crime. O inquérito, tornado sigiloso, vai prosseguir.
Anne é herdeira de uma família de industriais e vivia uma vida luxuosa em Vila Nova Conceição, bairro nobre da zona sul da capital -no seu prédio, os imóveis são avaliados em cerca de R$ 20 milhões. Ela fundou e presidiu o Museu da Imaginação, um espaço infantil na Lapa (zona oeste).
A socialite conheceu Vitor por um aplicativo de relacionamento, enquanto ele trabalhava como segurança em um restaurante. Com o namoro, ele passou a ser sustentado por ela, chegando a ganhar, inclusive, um carro Porsche, avaliado em R$ 2 milhões.
Mas foi quando a milionária descobriu traição do companheiro, com quem estava havia cerca de quatro anos, que ela teria planejado a morte dele, de acordo com a polícia.
O corretor, acusado de ser quem executou o crime, intermediava compras de carros e imóveis pela família.
Na delegacia, Carlos confessou o crime e que receberia R$ 200 mil, mas disse que o dinheiro ainda não havia sido pago. Ele afirmou que sua motivação era financeira e negou ter relação amorosa com a empresária.
No dia do assassinato, Carlos teria convidado Vitor para ver um terreno que estava à venda. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que os dois saem juntos, dentro do mesmo veículo.
No caminho, na rodovia Castelo Branco, o corretor teria dado um tiro pelas costas da vítima e depois a levou até a represa Guarapiranga. O corpo foi encontrado parcialmente carbonizado e com uma corda.
O advogado que defende a empresária, Celso Vilardi, disse que Anne Frigo negou ser a mandante do crime em depoimento prestado nesta terça. A empresária teria dito que os R$ 200 mil prometidos a Carlos seriam por um dossiê encomendado sobre o ex-marido, e que o assassinato teria partido do corretor.
Nesta quinta (1º), Carlos deve prestar novo depoimento. A Folha não conseguiu contato com a defesa do corretor.
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