Macron liberou o retorno de algumas atividades somente para pessoas completamente imunizadas contra a Covid-19
© REUTERS/Benoit Tessier |
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Mais de 200 mil franceses saíram às ruas neste sábado (31), nas maiores manifestações até agora contra o certificado de vacinação criado pelo governo do presidente Emmanuel Macron, que libera o retorno de algumas atividades somente para pessoas completamente imunizadas contra a Covid-19.
De acordo com autoridades do ministério do Interior, foram contabilizados 204.090 manifestantes em todo o país –14.250 deles na capital, Paris, onde dez pessoas foram presas e três policiais ficaram feridos em confrontos.
Os protestos deste final de semana em toda a França reuniram 40.000 manifestantes a mais do que no final de semana passado.
Este é o terceiro final de semana seguido em que a França registra manifestações de cidadãos insatisfeitos com o passe vacinal criado pelo governo Macron. O passe vacinal já era exigido no acesso a museus e cinemas, e passou a ser exigido em bares, restaurantes e trens.
"Estamos criando uma sociedade segregada e eu penso que é inacreditável que isso esteja acontecendo no país dos direitos humanos", disse Anna, uma professora que saiu às ruas em Paris, à agência de notícias Reuters.
"Então eu saí às ruas. Eu nunca havia protestado antes em minha vida. Acredito que nossa liberdade está sob perigo."
A França é um dos países europeus com maior número de pessoas céticas em relação à vacina contra o coronavírus. Esta semana, o país ultrapassou 50% da população imunizada, e vê uma aceleração do contágio, com mais de 24.300 casos registrados na última sexta-feira (30).
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