Otávio Fakhoury defendeu práticas consideradas negacionistas no enfrentamento da pandemia
© Leopoldo Silva / Agência Senado |
O empresário afirmou que ainda não se vacinou para evitar contrair o novo coronavírus. Ao contrário de depoentes negacionistas anteriores -como Luciano Hang, que alegou ter alta imunidade- Fakhoury defendeu sua posição contra as vacinas e afirmou que elas não deveriam ser obrigatórias.
"As vacinas têm que ser adquiridas e oferecidas pelo governo, porém ainda hoje se encontram em estágio experimental. A minha posição é que elas não devem ser obrigatórias. Aguardo o término dos testes para decidir se imunizo minha família ou não", afirmou.
A respeito do uso de máscaras, citou estudos que apontam que elas só seriam benéficas para portadores da Covid-19 e que pouca eficácia teriam para o restante da população - posição divergente da maioria dos estudos científicos com credibilidade.
E defendeu também medicamentos sem eficácia comprovada, como a hidroxicloroquina e ivermectina. Disse que sua família e amigos receberam o tratamento precoce e ninguém chegou a ser internado.
A todo momento, no entanto, dizia que era apenas sua opinião e que se tratava de liberdade de expressão.
O vice-presidente Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que "quando a liberdade de opinião atinge a saúde pública, não é mais opinião. É crime".
O relator Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou que o depoente estava se auto-incriminando, por desrespeitar o artigo 268 do código penal, que versa sobre infrações de medidas sanitárias para evitar a propagação de doença contagiosa.
Via...Notícias ao Minuto
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