As afirmações foram feitas durante uma live realizada na segunda-feira (24) no Instagram
© Marco Bello/Reuters |
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Clientes que se sentiram lesados pelo empresário Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como "faraó dos bitcoins", serão ressarcidos tão logo as decisões judiciais que impedem tais pagamento sejam derrubadas, segundo os advogados Monica Coelho Lemos e Ciro Chagas, que fazem a defesa de Mirelis Zerpa, esposa de Glaidson e suspeita de ser a mentora intelectual do esquema. As afirmações foram feitas durante uma live realizada na segunda-feira (24) no Instagram.
"A empresa [GAS Consultoria] tem plena capacidade de retornar pagamentos e soluções aos clientes. Nós estamos enfrentando uma série de ordens judiciais que impedem qualquer movimento neste sentido", afirmou Chagas.
"O que cabe a nós advogados e ao cliente é se planejar e antecipar, para que quando conseguirmos reverter essa decisão judicial, que no meu sentir foi extremamente abusiva, ela possibilite já de imediato um escalonamento de pagamentos eficaz e efetivo para aqueles que desejem reaver o seu aporte financeiro", acrescentou o advogado criminalista.
Monica, por sua vez, afirmou durante a transmissão, acompanhada por cerca de 18,5 mil espectadores que, quando o plano de pagamentos estiver pronto para ser apresentado à Justiça, ele irá beneficiar a todos os clientes da consultoria, e não somente um pequeno grupo.
"As pessoas não ficarão no prejuízo", disse a advogada. Ela afirmou também que a GAS Consultoria não efetuou até o momento acordo com nenhum cliente.
Ainda segundo a advogada, as atividades da GAS Consultoria estão temporariamente suspensas e não está completamente descartada a retomada das atividades da empresa mais à frente. "Queremos que a GAS volte a operar", afirmou.
GAS acumulou mais de 67 mil clientes em 5 anos de operação A estrutura financeira de Glaidson acumulou mais de 67 mil clientes em quase cinco anos de operação, segundo documento obtido pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro.
De origem pobre, Glaidson atuou como pastor da Universal na Venezuela, onde conheceu a mulher, Mirelis Zerpa, atualmente foragida.
Ao retornar ao Brasil, Glaidson trabalhou como garçom em quiosques de Cabo Frio e num resort em Búzios, balneário vizinho. Ele afirma que iniciou em 2012 os investimentos em criptomoedas e a captação de clientes –boa parte colegas de trabalho, ex-pastores e fiéis da Universal.
Até 2017, Glaidson assinava como pessoa física os contratos com seus clientes. O esquema se profissionalizou em junho de 2018 ao criar a GAS, segundo o MPF.
Àquela altura, o faraó já havia recebido alertas de que suas atividades eram consideradas suspeitas.
Glaidson foi preso em operação deflagrada pela Polícia Federal em agosto de 2021.
Da cadeia, ele divulgou em dezembro do ano passado uma carta na qual lamenta não poder cumprir com seus compromissos.
"Escrevo essa carta com o coração quebrado por saber que praticamente há três meses vocês estão sem receber os seus rendimentos", afirmou.
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