Em apenas uma das operações, realizada em outubro de 2021, 116 pessoas foram resgatadas pelo grupo móvel nacional em uma fazenda de Água Fria de Goiás
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Em todo o ano passado, o Ministério Público do Trabalho participou de operações conjuntas responsáveis por resgatar 1.671 trabalhadores vítimas da escravidão contemporânea.
Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (27), o Ministério Público do Trabalho informou que recebeu 1.415 denúncias de trabalho escravo, aliciamento e tráfico de trabalhadores no ano passado, número 70% maior que em 2020.
Em apenas uma das operações, realizada em outubro de 2021, 116 pessoas foram resgatadas pelo grupo móvel nacional em uma fazenda de Água Fria de Goiás. Elas trabalhavam na colheita de palha para cigarros da empresa Souza Paiol.
Em áreas urbanas, uma das modalidades mais identificadas foi o trabalho escravo doméstico, que afeta principalmente mulheres negras.
A Coordenação Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas aponta que, por causa da pandemia, houve aumento de casos de violência doméstica e de situações de abuso nas relações de trabalho doméstico, inclusive com restrições de liberdade de empregadas. Esses abusos também contribuíram para o aumento das denúncias.
E para marcar o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, celebrado nesta sexta-feira (28), o Ministério Público do Trabalho firmou esta semana protocolo de intenções com municípios para promover cursos para a rede de assistência às vítimas de trabalho escravo.
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