Segundo estimativas do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), 100 milhões de crianças entraram para a pobreza monetária, definição do Banco Mundial para aqueles que vivem com menos de US$ 5,50 por dia.
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Crianças e adolescentes foram os que mais sofreram os impactos econômicos da pandemia no mundo. Segundo estimativas do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), 100 milhões de crianças entraram para a pobreza monetária, definição do Banco Mundial para aqueles que vivem com menos de US$ 5,50 por dia.
Um estudo do Unicef aponta que no Brasil, o auxílio emergencial distribuído em 2020 conseguiu melhorar a vida desse público, mas apenas de forma temporária. Meninas e meninos não-brancos que vivem nas regiões Norte e Nordeste eram e seguem sendo os mais afetados pela renda insuficiente, em comparação com brancos e com as demais regiões do país.
Durante o terceiro trimestre de 2020, com a distribuição do benefício de R$ 600, a pobreza monetária infantil chegou a cair 5 pontos percentuais, mas já nos três meses seguintes, com a redução do valor, já havia recuperado 4 pontos. No mesmo período, a pobreza monetária extrema, ou seja pessoas que vivem com menos de US$ 2 dólares por dia, saiu de 12% para 6% e no quarto trimestre de 2020, voltou para 10%.
Após suspensões e retorno do auxilio em 2021, ainda que com o valor menor, os níveis de insuficiência de renda de crianças e adolescentes voltaram a cair, porém em menor escala. O estudo do Unicef recomenda que o novo programa de transferência de renda, o Auxílio Brasil, ofereça a proteção adequada no longo prazo para essa parcela da população. Entre elas, indica a necessidade de se garantir fontes sustentáveis e contínuas de financiamento e correção dos valores dos benefícios de modo a evitar perdas por conta da inflação.
A análise também afirma que é preciso garantir mecanismos de expansão da cobertura assistencial em situações de emergência ou calamidade pública.
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