A liberação recorde equivale a dois dias de demanda global e chegaria ao mercado ao longo de vários meses, disseram quatro fontes norte-americanas nesta quarta-feira.
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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A Casa Branca anunciou nesta quinta-feira (31) a liberação recorde de 1 milhão de barris de petróleo por dia durante 180 dias das reservas americanas numa tentativa de estabilizar os preços.
A liberação recorde equivale a dois dias de demanda global e chegaria ao mercado ao longo de vários meses, disseram quatro fontes norte-americanas nesta quarta-feira.
"Após consultas aos aliados e parceiros, o presidente Joe Biden vai anunciar a maior liberação de petróleo das nossas reservas na história", anunciou a Casa Branca em comunicado.
"A escala dessa liberação não tem precedentes: o mundo nunca teve uma liberação de petróleo das reservas de 1 milhão de barris por dia. Essa injeção recorde vai promover uma quantidade histórica de fornecimento que vai servir como ponte até o final do ano quando a produção doméstica aumentar", diz trecho de comunicado da Casa Branca.
Após o anúncio, os preços do petróleo despencavam. Os contratos futuros de petróleo Brent para maio, que expiram hoje, caíam cerca de 5 dólares, ou 4,35%, para US$ 108,50 por barril às 11h54 (horário de Brasília).
Já o petróleo dos EUA (WTI) para entrega em maio recuava mais de US$ 4, para 103,70 por barril, no mesmo horário.
"Uma liberação gradual de 1 milhão de barris de petróleo para os próximos seis meses é um sinal de que não se espera uma solução rápida para a crise na Ucrânia, que reduziu o fornecimento de petróleo", disse Susannah Streeter, analista sênior de investimentos e mercados da Hargreaves Lansdown.
Enquanto isso, a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados), que inclui a Rússia, concordou em manter seu acordo existente e aumentar a meta de produção de maio em 432 mil barris por dia.
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