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segunda-feira, 30 de maio de 2022

Datafolha: 53% consideram que situação econômica influi muito no voto

A pesquisa, realizada com 2.556 pessoas, nos dias 25 e 26 de maio em 181 municípios, também mostra que subiu de 46% para 52% o total de brasileiros que consideram que sua situação econômica pessoal piorou nos últimos meses, na comparação com o levantamento feito em março.

© Abdias Pinheiro / Secom / TSE

Pesquisa Datafolha divulgada neste domingo, 29, mostra que 53% dos brasileiros consideram que a situação econômica tem "muita influência" na sua decisão de voto. Já outros 24% acham que tem "um pouco de influência" e 21% dizem que não tem influência alguma. Uma parcela de 2% disse não saber.

A pesquisa, realizada com 2.556 pessoas, nos dias 25 e 26 de maio em 181 municípios, também mostra que subiu de 46% para 52% o total de brasileiros que consideram que sua situação econômica pessoal piorou nos últimos meses, na comparação com o levantamento feito em março.

Para analistas ouvidos pelo Estadão, a importância do tema já se mostrou na pesquisa Datafolha sobre a corrida presidencial divulgada na quinta-feira, 26. Os cientistas políticos consideram que a vantagem de 21 pontos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação ao presidente Jair Bolsonaro (PL) é consequência direta da situação econômica do País.

Para cientistas políticos, a vantagem de Lula é consequência da situação econômica e da inflação.

Inflação pode mudar voto de 3 em cada 10 eleitores

A pesquisa Datafolha mostra que cerca de 3 em cada 10 brasileiros poderão mudar sua intenção de voto até o dia das eleições, dependendo da evolução da inflação até lá. De acordo com o levantamento, no total, 31% veem a possibilidade de alterar a escolha caso a inflação aumente (12% com grande possibilidade, 11% média e 8% pequena).

O comportamento da inflação será mais determinante entre os desempregados e moradores da região Norte, onde cerca de 4 em cada 10 eleitores podem alterar sua escolha, diz o levantamento. Entre os jovens de 16 a 24 anos, mais da metade (51%) avalia mudar o voto dependendo da evolução dos preços.

O levantamento também mostra que entre os eleitores dos dois candidatos liderando a disputa, o ex-presidente Lula, com 48% das intenções de voto no primeiro turno, e Bolsonaro, que tem 27%, segundo a última rodada da pesquisa divulgada pelo instituto, os simpatizantes do presidente são os mais suscetíveis a mudar a intenção de voto por conta do comportamento da inflação: 33% se dizem dispostos a isso. Entre os que querem votar no petista, apenas 23%.

O levantamento tem margem de erro de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos, e está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-05166/2022.

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