As câmeras deverão constar nos uniformes de 21,5 mil agentes
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Segundo o secretário de Estado de Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Pires, o uso do equipamento servirá para proteção do próprio PM. "Hoje (segunda) a gente inicia um momento diferenciado na Polícia Militar, dos órgãos de segurança pública. A gente começa a instalar um equipamento de proteção para os policiais militares, de garantia de sua integridade, da garantia de uma prestação de serviço de qualidade", disse o comandante da PM, ao lado do governador do Rio, Cláudio Castro (PL).
De acordo com Pires, o equipamento "não vem para punir ou vigiar ninguém", ainda que, ele admite, deverá causar mudanças nas abordagens. "Evidentemente, trará mudanças no comportamento do policial militar e da própria sociedade".
Dizendo reiteradas vezes que o uso das câmeras servirá para proteger o policial, o coronel destacou ainda que "o equipamento que vai demonstrar e comprovar a excelência do serviço prestado pela Polícia Militar do Rio de Janeiro".
O governador Cláudio Castro, por sua vez, declarou que as câmeras de segurança fazem parte do investimento do governo em segurança pública e defendeu a atuação da Polícia Militar. "Segurança Pública não é fácil fazer. A gente ouve por aí muito especialista disso, especialista daquilo, nós respeitamos demais a academia, respeitamos demais àqueles que se devotam a estudar, mas entre a teoria e a prática da segurança pública, o que está em meio a isso são vidas. Essas vidas são o motivo da Polícia Militar existir", sustentou.
A lei que determina o uso de câmeras acopladas ao uniforme dos policiais foi sancionada pelo governador Cláudio Castro em junho do ano passado, mas ela nada mais é do que um adendo à outra, que surgiu há 13 anos.
Em 2009, um Projeto de Lei estabeleceu a instalação de câmeras de vídeo e de áudio nas viaturas da Polícia Militar. À época, um dos artigos citava também que "o Estado deverá adotar equipamentos que registrem as operações policiais nas comunidades e em eventos de grande público."
A operação iniciada nesta segunda começou com duas semanas de atraso, mas a empresa responsável pelo fornecimento do equipamento atrasou a entrega. A instalação faz parte do Programa Estadual de Transparência em Ações de Segurança Pública e Defesa Civil, que busca fiscalizar a atuação dos agentes.
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