Os dois formaram a linha de frente na CPI da Covid, com Renan na relatoria e Randolfe como vice-presidente
© Leopoldo Silva - Agência Senado |
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Caso a CPI do MEC venha a ser instalada, a oposição já se articula para reeditar a dobradinha Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) no comando do colegiado.
Os dois formaram a linha de frente na CPI da Covid, com Renan na relatoria e Randolfe como vice-presidente. Dessa vez, no entanto, Renan seria o presidente e Randolfe o relator.
A justificativa é de que estariam afinados e não são candidatos neste ano. Randolfe faz coro por uma posição de destaque ao colega: "Renan como presidente seria importante porque ele fez um bom trabalho na Covid e não afrouxa, não cede a pressões, faz o confronto", disse.
Conforme a coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo, relatou, Renan deve reassumir seu mandato se a CPI do MEC for instalada no Senado. Ele tirou licença para se dedicar à eleição de seu filho, o ex-governador Renan Filho (MDB).
Outros senadores que se destacaram na CPI que se iniciou em 2021, contudo, não devem ter o mesmo protagonismo. A começar pelo presidente, Omar Aziz (PSD-AM), que deve focar na sua candidatura no Amazonas.
Simone Tebet (MDB-MS), pré-candidata à Presidência da República, afirma que sua participação dependerá do líder do partido, Eduardo Braga (AM), mas que é cedo para qualquer avaliação pois o requerimento sequer foi protocolado ainda.
Entre governistas, figuras de destaque também devem se ausentar. O senador Marcos Rogério o (PL-RO), um dos principais representantes da tropa de choque na CPI da Covid, teria que dividir os trabalhos com a sua candidatura ao governo de Rondônia.
Já Luiz Carlos Heinze (PP-RS) é pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul.
Randolfe reuniu as assinaturas necessárias para a instalação da CPI para investigar as suspeitas sobre o Ministério da Educação na última quinta-feira (23).
O requerimento para a criação da comissão passou a contar com 28 assinaturas, uma a mais que o mínimo necessário. Endossaram o documento os senadores Giordano (MDB-SP) e Izalci Lucas (PSDB-DF).
Após o requerimento ser protocolado, a instalação da CPI vai depender da leitura do documento em plenário pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Ele já adiantou, porém, considerar que a proximidade do período eleitoral "prejudica o escopo de uma CPI".
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