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terça-feira, 30 de agosto de 2022

França acusa Rússia de usar fornecimento de gás como "arma de guerra"

Os governos europeus estão tentando encontrar uma resposta ao aumento dos custos de energia para empresas e residências e alternativas ao suprimento russo para armazenar para o inverno.

© Shutterstock

A França acusou a Rússia nesta terça-feira (30) de usar o fornecimento de energia como "uma arma de guerra", depois que a gigante russa de gás Gazprom reduziu as entregas para uma de suas principais concessionárias e se prepara para interromper os fluxos ao longo de um importante gasoduto para Alemanha, a partir de amanhã (31).

Os governos europeus estão tentando encontrar uma resposta ao aumento dos custos de energia para empresas e residências e alternativas ao suprimento russo para armazenar para o inverno.

Países ocidentais temem que Moscou esteja elevando os preços do gás para tentar enfraquecer a determinação deles em se opor à invasão da Ucrânia, uma tática que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, chamou na segunda-feira de terrorismo econômico. A Rússia nega que esteja fazendo isso.

O gasoduto Nord Stream 1, principal canal de gás russo para a Europa, tornou-se um ponto de conflito na guerra econômica entre Moscou e Bruxelas. A Europa já está avisada de que os suprimentos serão reduzidos, pois a Gazprom vai desligar o Nord Stream 1 de quarta-feira a sexta-feira (2) para manutenção.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse nesta terça-feira que os problemas tecnológicos causados ​​pelas sanções ocidentais são a única coisa que impede o fornecimento de gás via Nord Stream 1.

Mas a ministra de Transição de Energia da França, Agnes Pannier-Runacher, afirmou: "Muito claramente a Rússia está usando gás como arma de guerra e precisamos nos preparar para o pior cenário de uma interrupção completa do fornecimento".

Ela falou à rádio France Inter depois que a concessionária francesa Engie disse que receberia menos gás da Gazprom a partir de hoje por causa de uma disputa contratual não especificada.

A Rússia está bombeando gás via Nord Stream 1 com apenas 20% da capacidade e há temores de que a interrupção desta semana possa ser estendida.

"Existem garantias de que, além dos problemas tecnológicos causados ​​pelas sanções, nada impede o abastecimento", disse Peskov, do Kremlin, quando perguntado se há garantias de que a Gazprom retomará os fluxos de gás via Nord Stream 1.

Os ministros de Energia europeus realizarão uma reunião de emergência em 9 de setembro para discutir a crise.

A Alemanha, maior economia da Europa, está aberta a discutir um esquema de teto de preço no fornecimento de gás em nível europeu, disse uma fonte na Itália, citando uma mensagem de texto que o ministro da Economia da Alemanha enviou a seus colegas em toda a Europa.

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