O atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), tenta se descolar do Bolsa Família, criado em 2003, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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O atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), tenta se descolar do Bolsa Família, criado em 2003, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Para isso, vale-se do aumento do benefício e destaca a possibilidade de continuar recebendo o valor após conseguir um emprego.
Este ano, Bolsonaro patrocinou duas PEC (propostas de emenda à Constituição) para escapar de limitações orçamentárias e aumentar a verba para o programa. O valor médio por família foi para R$ 607 por mês –em abril do ano passado, o Bolsa Família transferia, em média, R$ 190 por família.
A campanha de Lula repetiu a argumentação usada no debate deste domingo (28): o auxílio não foi ideia do atual presidente, mas do Congresso, e a manutenção do atual valor não está garantida para o próximo ano. Da última acusação, Bolsonaro se defende afirmando que precisa ser reeleito para seguir com a política.
O atual governo encerrou o Bolsa Família, mas a campanha de Lula cita programa de mesmo nome ao falar de eventual futuro governo. Nesta segunda-feira (29), a equipe do ex-presidente anunciou que pretende pagar uma parcela adicional de R$ 150 por criança de até seis anos beneficiária do programa.
A disputa em torno do benefício tem se acirrado nas últimas semanas.
Na quinta-feira (25), o deputado federal André Janones (Avante-MG), recém-aliado de Lula, foi ao Palácio do Planalto e entrou em desentendimento com os seguranças da Presidência ao gravar um vídeo sobre o Auxílio Brasil para mães solteiras. O ex-candidato à Presidência tem 7,9 milhões de seguidores no Facebook e tem feito contribuições à estratégia digital da campanha do petista.
Desde novembro do ano passado, Bolsonaro incluiu 5,7 milhões de novas famílias no Auxílio Brasil e turbinou a presença do programa onde busca votos.
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