A vítima é um homem com "grau severo de imunossupressão" que vivia no Texas
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Os Estados Unidos registraram nesta terça-feira, 30, a primeira morte de um paciente diagnosticado com a varíola dos macacos (monkeypox). A vítima é um homem com "grau severo de imunossupressão" que vivia no Condado de Harris, no Texas.
O Departamento de Saúde estadunidense agora investiga qual o papel que a varíola dos macacos desempenhou na morte do paciente.
"A monkeypox é uma doença séria, especialmente para aqueles com o sistema imune enfraquecido", afirmou John Hellerstedt, responsável pelo Departamento de Serviços Sociais e Saúde do Texas. "Continuamos pedindo às pessoas que procurem tratamento se foram expostas à varíola dos macacos ou tiverem sintomas consistentes com a doença."
Os Estados Unidos foram um dos primeiros e únicos países até agora a vacinar a população contra a varíola dos macacos. O primeiro caso da doença foi confirmado no país em 18 de maio. Em 28 de junho, os EUA começaram o programa de imunização contra a monkeypox, utilizando um dos poucos estoques disponíveis no mundo da vacina JYNNEOS, a mesma que será entregue ao Brasil pelo fundo rotatório da Opas, braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) na América Latina.
Mas enquanto a previsão é de que o Brasil receba inicialmente 50 mil doses, os EUA já negociaram diretamente com a farmacêutica Bavarian Nordic, única fabricante do imunizante, a entrega de aproximadamente 7 milhões de vacinas até meados do ano que vem. Por lá, a vacina ACAM2000, utilizada inicialmente para tratar a varíola humana (smallpox) também é administrada no público-alvo.
Ainda na segunda-feira, 29, o Brasil teve a segunda morte pela varíola dos macacos desde o início do novo surto. O paciente é um homem de 33 que também apresentava comorbidades e baixa imunidade, morador de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro.
Com esse registro no Texas e o mais recente no Brasil, o total de mortes pelo atual surto de varíola dos macacos chega a 17. Fora da África, o continente americano é o que concentra o maior número de óbitos pela doença, com outros dois registros em Cuba e no Equador.
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