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quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Bolsonaro usa fake news para dizer que Forças Armadas podem fechar seção eleitoral

O presidente disse durante uma live que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) estaria avaliando proibir o ingresso nas seções eleitorais de pessoas com camisas da seleção brasileira.

© Getty Images

(FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro (PL) usou nesta quarta-feira (28) uma notícia falsa para argumentar que poderia determinar que as Forças Armadas fechem seções eleitorais no dia do pleito. Segundo Bolsonaro, isso seria possível caso eleitores sejam proibidos de entrar nas seções com camisas verde e amarelas -hipótese que nunca foi cogitada.

O presidente disse durante uma live que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) estaria avaliando proibir o ingresso nas seções eleitorais de pessoas com camisas da seleção brasileira.

Numa reunião da CTE (Comissão de Transparência das Eleições) com a entidade OTE (observatório da transparência das eleições), um participante pediu veto ao uso de camisa da seleção por mesários. A ideia não foi levada adiante. Nunca se cogitou proibição de uso de roupas verde e amarelas por eleitores.

"É interferência demais. Está com medo de quê? De ter um mar de verde e amarelo? Você está preocupado com um mar de verde e amarelo votando [e depois] aparecer o nome do Lula ganhando. É isso TSE? É isso TSE?", afirmou o presidente, em transmissão em suas redes sociais, após ter lido a notícia falsa.

Na sequência, Bolsonaro conclamou os eleitores a irem votar com camisas com as cores da bandeira do Brasil e, então, ameaçou com o fechamento de seções eleitorais.

"Eu estou convidando a todos voluntariamente votar com a camisa verde e amarela. O que as Forças Armadas puderem garantir [a] vocês de votarem com a camisa verde e amarela, vai ser garantido", afirmou.

"Eu vou determinar às Forças Armadas, que vão participar da segurança: qualquer seção eleitoral que for proibido entrar com a camisa verde e amarela, não vai ter eleição naquela seção. Ou estamos na democracia ou estamos no estado do Alexandre de Moraes", completou o presidente da República.

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