"O processo de recondução gera um risco, porque quem está querendo ser reconduzido pode acabar sofrendo algum tipo de influência. A autonomia é justamente para isolar essa influência", respondeu.
© Marcelo Camargo/Agência Brasil |
Questionado sobre os riscos do cenário eleitoral, Campos Neto repetiu que o BC não comenta sobre política fiscal, mas reforçou a importância de um arcabouço - independentemente de qual seja - que gere credibilidade ao mesmo tempo em que dê atenção para o social. "O mundo tem dado recados, como o que ocorreu no Reino Unido nessa semana. O mercado reagiu de forma negativa dessa vez a programas com forte componente fiscal. É uma mensagem clara de que os agentes estão preocupados sobre como a conta vai ser paga", acrescentou.
Autonomia
O presidente do Banco Central enfatizou que tem tido autonomia total desde que assumiu o cargo, mesmo antes da aprovação da lei que deu autonomia formal à autoridade monetária.
"A aprovação lei traz um benefício adicional, pois ela faz com que prêmios de risco em momentos de turbulência sejam reduzidos e isso acaba facilitando a eficiência da política monetária", respondeu Campos Neto.
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