As observações constam em pesquisa qualitativa feita pelo Datafolha com um grupo de homens e mulheres de diferentes regiões do país e de variadas ocupações, graus de escolaridade e idade.
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Eleitores do candidato do PDT a presidente, Ciro Gomes, entendem que tanto o ex-presidente Lula (PT) quanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) já tiveram suas chances no mais cargo do país e que é preciso um novo nome no posto para melhorar de fato a situação do país.
As observações constam em pesquisa qualitativa feita pelo Datafolha com um grupo de homens e mulheres de diferentes regiões do país e de variadas ocupações, graus de escolaridade e idade.
A pesquisa foi feita na última quarta-feira (22) e contou com 11 entrevistados que se declaram eleitores do pedetista.
Segundo o instituto, os eleitores participantes também mencionaram como motivação para o voto o histórico do candidato em relação a acusações de corrupção e sua experiência em cargos públicos.
Há citações também a propostas do presidenciável na área econômica, como alterar a política de preços da Petrobras.
Também sobraram críticas para o comportamento de Bolsonaro enquanto chefe de Estado, especialmente em relação ao decoro no cargo. O grupo analisado, porém, se dividiria entre o candidato à reeleição e o petista em um eventual segundo turno sem Ciro.
Os eleitores ouvidos se mostraram convictos no voto, sem intenção de trocar de candidato nas vésperas do primeiro turno.
A campanha de Lula tenta desidratar o eleitorado de Ciro para liquidar a eleição já no próximo domingo (2), defendendo o chamado "voto útil".
Na mais recente pesquisa do Datafolha, o pedetista marcou 7% das intenções de voto, bem atrás dos dois primeiros colocados, Lula (tem 47%) e Bolsonaro, que está com 33%.
O pedetista é alvo de críticas de apoiadores do PT, que o veem como linha auxiliar do bolsonarismo pelo tom de ataques a Lula.
No grupo pesquisado pelo Datafolha, ainda há esperança de que o pedetista consiga ir para o segundo turno. Um eleitor ouvido diz que vota em Ciro "independente de ele ganhar ou não".
Diferentemente da pesquisa quantitativa, como a de intenção de voto, a qualitativa tem como objetivo se aprofundar em percepções de um grupo restrito de entrevistados que possam mostrar tendências de comportamento de determinado segmento da sociedade. A pesquisa não representa o total de eleitores.
No grupo pesquisado, eleitores se ressentem da crise econômica vivida no país e da gestão do atual governo durante a pandemia do coronavírus. Mas há elogios a iniciativas da gestão Bolsonaro como o reajuste do Auxílio Brasil e a redução dos tributos sobre os combustíveis.
O Datafolha também ouviu os eleitores sobre pontos negativos do pedetista. Houve menções a arrogância e "baixo autocontrole" do presidenciável.
A maioria dos ouvidos votou em 2018 em Ciro e pretende votar novamente neste domingo.
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