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domingo, 2 de outubro de 2022

Mulher suspeita de envolvimento na morte do marido ficará em liberdade

O fato de ela não estar presente no velório do marido chamou a atenção dos policiais. Além disso, ela contou informalmente que mantinha um relacionamento extraconjugal com o policial militar que cometeu suicídio.

© Shutterstock

SIMONE MACHADO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu nesta sexta-feira (30) habeas corpus para a dona de casa Elisângela Silva Paião, 47, investigada como suspeita de envolvimento na morte do marido, o agropecuarista Airton Braz Paião, 54, assassinado no sábado (24), em Iepê, no interior de São Paulo.

Segundo Jair Vicente da Silva Junior, advogado de Elisângela, ficou claro para a Justiça que não há elementos suficientes para provar que a mulher teria envolvimento na morte do marido.

"Hoje [30] foi revogada a ordem de prisão temporária pela ausência dos requisitos legais para aplicação da medida e, porque não há indícios suficientes de autoria ou participação dela no delito em questão. Além disso, ela já havia se colocado à disposição da Justiça e assim permanecerá, pois é de seu interesse o esclarecimento do caso", disse.

Com a decisão judicial, a mulher ficará em liberdade durante a investigação e deixa de ser considerada foragida.

O delegado Henrique Gasques, que investiga o caso, confirmou que já recebeu o documento expedido pela Justiça e disse que testemunhas começaram a ser ouvidas nesta semana.

Segundo a polícia, ainda não é possível passar detalhes dos depoimentos e nem do andamento das investigações. O delegado afirmou também que Elisângela ainda não foi ouvida formalmente pela Polícia Civil.

ENTENDA O CASO
O agropecuarista Airton Braz Paião, 54, foi alvo de uma tentativa de homicídio, na área rural da cidade, na quarta-feira (21). Ele foi atraído até o local em uma emboscada e levou quatro tiros na cabeça e uma facada nas costas. Apesar dos disparos, Paião se fingiu de morto e, após os atiradores deixarem o local, conseguiu pedir ajuda. O homem foi socorrido e encaminhado para a Santa Casa de Presidente Prudente, cidade vizinha.

No sábado, enquanto estava internado, o agropecuarista foi morto a tiros pelo soldado da Polícia Militar, Marco Francisco do Nascimento, 30, que se matou com um tiro na cabeça, em seguida, ainda dentro do hospital. O PM falou com uma irmã de Paião e pediu para que ela se retirasse do local, com o pretexto de estar acompanhando as investigações da tentativa de homicídio contra o agropecuarista. Segundo a polícia, a mulher do agropecuarista teria envolvimento no crime.

O fato de ela não estar presente no velório do marido chamou a atenção dos policiais. Além disso, ela contou informalmente que mantinha um relacionamento extraconjugal com o policial militar que cometeu suicídio.

Na segunda-feira (26), a polícia realizou uma operação na cidade e prendeu temporariamente um homem suspeito de participar da emboscada que resultou na tentativa de assassinato contra o agropecuarista.

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