googlefc.controlledMessagingFunction

Páginas

terça-feira, 29 de novembro de 2022

Cyber Monday teve menos notebook e mais lavadora de roupa

A Cyber Monday acontece na segunda-feira na sequência da Black Friday

© iStock
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Levantamento da Mosaico (plataforma que controla os sites de comparação de preços Buscapé e Zoom) para a Folha de S.Paulo aponta que a Cyber Monday -a segunda-feira que vem na sequência da Black Friday, usada para impulsionar a venda online- conseguiu atrair mais atenção para eletrodomésticos, como geladeiras, lavadoras de roupas e fogões, do que para eletrônicos.

De acordo com o ranking das 10 principais categorias mais buscadas nesta segunda-feira (28), smartphone e TV repetem a liderança em relação à data do ano passado. A categoria smartphone e celulares, no entanto, registrou queda de 2% nesta Cyber Monday, enquanto a busca por TVs cresceu 9% -número bem melhor que o desempenho da própria sexta-feira, quando caiu 21,7% sobre a Black Friday do ano passado (considerando o período da meia-noite às 16h do dia 25).

O grande destaque ficou com os eletrodomésticos: alta de 36% em geladeiras, 47% em lavadoras de roupas e em 42% em fritadeiras elétricas (air fryer). O crescimento desta última categoria, que ganha espaço com a proposta de unir praticidade e saúde, pode explicar, em parte, a queda nas vendas de fogões (-28%). Além disso, durante a pandemia, muita gente começou a cozinhar em casa -uma atividade que vem perdendo espaço com a volta ao trabalho presencial.

O principal recuo do período foi observado em notebooks (queda de 30% em relação a 2021), também possivelmente por conta da volta do trabalho presencial. Mesmo motivo pode ter levado à queda nas buscas por ar-condicionado (-11%) este ano.

A maior participação dos sites de comparação de preços nas compras da Black Friday deste ano foi apontada em pesquisa do Reclame Aqui, realizada com 13.700 usuários este mês: a compra por meio dos comparadores de preços (21%) era a segunda principal opção de consumo, só atrás das compras feitas no site das marcas (36%). No levantamento do ano passado, 14% disseram que iriam usar os sites de comparação de preços.

A Cyber Monday deste ano, no entanto, assim como a própria Black Friday, foi eclipsada pela Copa do Mundo: o Brasil fez sua estreia no tormeio do Catar no último dia 24, véspera da Black Friday, e hoje realizou a sua segunda participação, ao marcar 1 a 0 contra a Suíça.

A Abcomm (Associação Brasileira da Comércio Eletrônico) informou que ainda não possui números fechados sobre as vendas da Cyber Monday, mas que, devido ao jogo do Brasil, o comportamento das compras deveria ser mais baixo que o de costume.

Desde que a Black Friday começou a ser promovida no Brasil, em 2010, este foi o primeiro ano que o evento registrou queda nas vendas em relação ao ano anterior. Em 2021, segundo levantamento da Clearsale/Neotrust, as vendas na sexta-feira atingiram R$ 4,3 bilhões e, neste ano, caíram 28%, para R$ 3,1 bilhões, enquanto o número de pedidos recuou 24%, para 4,5 milhões.

O consumidor tem menos crédito disponível e o varejo não apostou em promoções atraentes. "As vendas online arrefeceram neste ano porque as empresas estão muito menos agressivas em políticas de frete, desconto e parcelamento. Não estão buscando venda a qualquer preço", disse o consultor em varejo Alberto Serrentino, da Varese Retail.

Para Eugênio Foganholo, sócio da consultoria Mixxer Desenvolvimento Empresarial, a Black Friday deste ano escancarou a incapacidade de consumo do brasileiro. "É verdade que a Copa na mesma data acabou jogando contra. Mas o nível de emprego está apenas razoável, enquanto a massa salarial está em queda", afirmou.

RECLAMAÇÕES DIMINUÍRAM 1,9% NA BLACK FRIDAY 2022

Se as vendas caíram, as reclamações também diminuíram. Segundo balanço do Reclame Aqui, considerando queixas registradas desde as 12h da quarta-feira (23), até as 23h59 de sexta (25), foram 10.093 reclamações. Já até o final de domingo, a soma atingiu 15.889 queixas envolvendo produtos e serviços na Black Friday.

O número representa uma leve queda de 1,9% em relação a 2021, quando foram registradas 16.200 reclamações sobre a data.

A categoria de smartphones (a mais buscada, segundo a Mosaico) ocupou a primeira posição entre as mais reclamadas, com participação de 7,91%, de acordo com o Reclame Aqui. Na sequência, veio moda feminina, com 7,01% das queixas.

Em 2021, segundo o site de reclamações, smartphone foi a categoria mais reclamada, mas moda feminina estava em 7º no lugar no ranking. Mais um sinal de volta ao trabalho presencial como fator de mudança nas prioridades de compras.

 VIA...NOTÍCIAS AO MINUTO  

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários são pessoais, é não representam a opinião deste blog.

Muito obrigado, Infonavweb!

Topo