O Presidente Joko Widodo disse, numa conferência de imprensa, que a situação da covid-19 na Indonésia está sob controle
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A Indonésia decidiu retirar de imediato todas as restrições relacionadas com a pandemia de covid-19, quase três anos depois de ter sido confirmado o primeiro caso da doença no país, anunciou hoje o seu Presidente.
O Presidente Joko Widodo disse, numa conferência de imprensa, que a situação da covid-19 na Indonésia está sob controle, depois de observadas melhorias nos últimos 10 meses, permitindo que o país abandone as restrições sociais em larga escala que tinha adotado em abril de 2020.
No entanto, Widodo alertou que "a pandemia não terminou completamente" e que as pessoas devem ser cautelosas, aconselhando o uso de máscaras em locais fechados ou com muitas pessoas, embora não seja obrigatório.
A quarta nação mais populosa do mundo começou a aplicar as medidas restritivas em abril de 2020, um mês após o primeiro caso ter sido registado na Indonésia.
Widodo anunciou que o fim das medidas restritivas é imediato e foi decidido depois de um estudo mostrar que quase todos os indonésios desenvolveram anticorpos contra o SARS-CoV-2, o coronavírus que causa a doença respiratória covid-19.
Em julho, investigadores do Ministério da Saúde e da Universidade da Indonésia examinaram amostras de sangue de 20.501 indivíduos em 100 cidades do arquipélago e os resultados mostraram que 98,5% tinham anticorpos contra o vírus, devido à vacinação ou a terem contraído e superado a infeção.
Com base nos critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS), o estado de avaliação dos riscos da Indonésia está no "nível um", o que significa que chegou à fase endêmica.
A Indonésia, que chegou a ter um recorde de 64.700 novas infecções diárias no auge da pandemia, confirmou hoje 552 casos diários e 10 mortes devido à covid-19.
Em termos globais, o país teve mais de 6,7 milhões de infeções, tendo sido o segundo país do sudeste Asiático mais afetado, atrás do Vietnã, e 160.583 mortes, o número 11 no mundo.
Os dados oficiais podem estar aquém da realidade, porque a metodologia para considerar que a covid-19 foi a causa da morte é diferente de país para país, razão pelo qual há dúvidas também sobre os dados reportados por exemplo pela China, onde foi pela primeira vez detetado o SARS-CoV-2 e que abandonou no início de dezembro as restrições, enfrentando agora nova onda de infecções.
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