A hipótese foi levantada por investigadores norte-americanos.
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Um grupo de investigadores norte-americanos identificaram um novo sintoma de Covid longa. Segundo os cientistas, doentes infectados com Covid-19 apresentam mais hipóteses de virem a apresentar lesões hepáticas após a fase aguda da infeção.
Durante o estudo, os cientistas compararam doentes que tiveram Covid-19 com dois grupos de pessoas que nunca estiveram infectadas com coronavírus. Cada um dos 131 indivíduos fez um exame que dá pelo nome de elastografia hepática e que permite avaliar a presença de fibrose no fígado. O primeiro grupo de controle havia realizado o exame e o segundo depois da fase crítica. Já os participantes do grupo da Covid-19 haviam testado positivo para o vírus pelo menos 44 semanas antes de serem submetidos ao exame.
Conclusão: o estudo, apresentado no congresso anual da Radiological Society of North America, nos Estados Unidos, sugere que o fígado de doentes Covid pode endurecer, quer seja por inflamação ou fibrose (presença anômala de tecido fibroso ou cicatricial). Em casos graves de fibrose, o quadro do paciente pode evoluir para câncer ou insuficiência hepática.
A principal autora do trabalho, Firouzeh Heidari, do Hospital Geral de Massachusetts, afirma que a descoberta comprova que os danos causados pela Covid persistem por muito tempo.
Apesar dos resultados, os investigadores ainda estão tentando apurar se a rigidez encontrada irá provocar efeitos adversos a longo prazo nos pacientes com Covid-19.
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